segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

PAZ

A tormenta prepara o solo para a semeadura,
como a guerra valoriza a paz.
*
A noite hibernal vestindo a terra de crepe acreditou-se
senhora. Logo depois, no entanto, a clara face da manhã
de paz envolveu as sombras e entornou suas dádivas de alegria.
*
Contemplando a seara coberta de flores e de grãos, o agricultor,
emocionado, exclamou: "Graças às minhas mãos a terra está recoberta
de vida e logo mais a mesa surgirá farta de pão! Este é um triunfo meu."
Quando o homem partiu, a gleba feliz, mergulhada na epopéia da própria
paz e pujança, parecia dizer: "Deste-me sementes, homem, e eu te
multipliquei os grãos."
A consciência em paz não relaciona atos, doa benefícios.
*
A flor, que rescende perfumes, identifica-se com o ar, como
a agradecer a concessão da vida. O homem que atende às suas tarefas
se identifica com o Senhor da Vida e se rejubila em paz.
*
Lucigênito, o homem é fascículo da Divina Luz, nele projetada.
Amoroso, o homem se penetra da paz que dimana da Consciência Cósmica
nele presente.
*
A fé que se mantém no tumulto torna-se paz que vence nos conflitos.

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