segunda-feira, 31 de maio de 2010

Não sofra com previsões abstratas.

Vezes, aparecem apreensões sobre algo que jamais acontecerá.
Surge o medo.
E ele inspira idéias de dificuldades insuperáveis,
situações complicadas, alterações de vida que nunca
chegarão a efetivar-se, mas que estão na imaginação.
O medo altera o sistema nervoso, impões sofrimentos... e assusta.
Seja objetivo.
Trabalhe com possibilidades reais.
Não sofra com previsões abstratas, irreais.
Preserve as energias.
Usar mal a imaginação é causa de desastres reais.

Obrigado, Pai!

Obrigado, Pai!
Agradeço a Ti a manhã que desponta,
a cama de que me levanto,
o banho, o café da manhã,
o que vou fazer neste dia.
Mais me agrada ainda a emoção de ser
Teu filho ou Tua filha, de estar aqui,
de viver, amar, pensar,
pegar, guardar, dispor...
Sou parte tua, ó Pai.
Quando me ligo a Ti, como agora, sinto uma alegria
que me toca de mansinho, que suaviza os meus
pensamentos, que me dá a vontade de passá-la
adiante pelas palavras, pelos olhos,
pelos lábios, por todo o meu ser.
Sou grato, e este meu agradecimento a Ti
faz crescerem em mim os poderes da alma.

Nossa Senhora da Visitação

Após a anunciação do anjo, Maria sai apressadamente, diz São Lucas, para visitar sua prima Isabel.
Vai prestar-lhe serviços, ajuntando-se provavelmente a alguma caravana de peregrinos que vão à Jerusalém, passa a Samaria e atinge Ain-Karem, na Judéia, onde mora a família de Zacarias.
É fácil imaginar os sentimentos que povoam sua alma na meditação do mistério anunciado pelo anjo.
São sentimentos de humilde gratidão para com a grandeza e a bondade de Deus tão bem expressos na presença da prima com o cântico do "Magnificat".
A presença do Verbo encarnado em Maria é causa de graça para Isabel que, inspirada, percebe os grandes mistérios que se operam na jovem prima, a sua dignidade de Mãe de Deus, a sua fé na Palavra Divina e a santificação do precursor, que exulta de alegria no ventre da mãe.
Maria ficou com Isabel até o nascimento de João Batista, aguardando provavelmente outros oito dias para o rito da imposição do nome.
Aceitando esta contagem do período passado junto com a prima Isabel, a festa da Visitação, de origem franciscana (os Frades Menores já a celebravam em 1863), era celebrada a 2 de julho, isto é, ao término da visita de Maria.
Teria sido mais lógico colocar a memória depois do dia 25 de março, festa da Anunciação, mas procurou-se evitar que caísse no período quaresmal.
A festa foi depois estendida a toda a Igreja Latina pelo papa Urbano VI para propiciar com a intercessão de Maria a paz e a unidade dos cristãos divididos pelo grande cisma do Ocidente.
O atual calendário litúrgico, não levando em conta a cronologia sugerida pelo episódio evangélico, abandonou a data tradicional de 2 de julho para fixar-lhe a memória no último dia de maio, como coroação do mês que a devoção popular consagra ao culto particular da Virgem.
Comenta São Francisco de Sales: "Na Encarnação Maria se humilha confessando-se a serva do Senhor...
Porém, Maria não fica só na obediência diante de Deus, pois sabe que a caridade e a humildade não são perfeitas se não passam de Deus ao próximo.
Não é possível amar Deus que não vemos, se não amamos os homens que vemos.
Esta parte realiza-se na Visitação".
Em Portugal, por ordem do rei D. Manuel, o Venturoso, as festividades do dia da Visitação eram celebradas com grande pompa, por ter sido esta invocação escolhida como protetora da Casa de Misericórdia de Lisboa, assim como de todas as Misericórdias do reino, instituição beneficente fundada pela rainha D. Leonor, sob a inspiração de Frei Miguel de Contreiras.
Deste modo os irmãos da Misericórdia solenizavam o dia que a Virgem Nossa Senhora, depois de conceber o Cristo Redentor, foi visitar Santa Isabel, usando para com ela e São João Batista, que estava em suas entranhas, de "particular misericórdia".
Nossa Senhora da Visitação, Rogai por nós que recorremos a vós!

Santissima Trindade

As três pessoas da Santíssima Trindade é um só Deus em Três Pessoas distintas. O Pai, o Filho e o Espírito Santo, possuem a mesma natureza divina, a mesma grandeza, bondade e santidade.

Apesar disso, através da história, a Igreja tem observado que certas atividades são mais apropriadas a uma pessoa que a outra.

A Criação do mundo é mais apropriada ao Pai, a redenção ao Filho e a Santificação, ao Espírito Santo.

Nenhuma das Três pessoas Trinitárias exerce mais ou menos poder sobre as outras. Cada uma delas tem toda a divindade, todo poder e toda a sabedoria.

E justamente, nesta breve dissertação, constatamos a profundidade do mistério da Santíssima Trindade, ante a complexidade em assimilar a magnitude de Três pessoas distintas formando um só Deus.

Trata-se, portanto, de um grande mistério, central da fé cristã.

As Escrituras são claras a respeito da Santíssima Tindade, desde o antigo, até o novo Testamento.
A festa da Santíssima Trindade é um dos dias mais importantes do ano litúrgico.
Nós, como cristãos a celebramos convictos pelos ensinamentos da Igreja, que possui a plenitude das verdades reveladas por Cristo.
É dogma de fé estabelecido, a essência de um só Deus em Três Pessoas distintas: Pai, Filho e Espírito Santo.
É um mistério de difícil interpretação, impossível, de ser assimilado pelas limitações humanas.
Há séculos a Santa Igreja ensina o mistério de Três Pessoas em um só Deus, baseada nas claras e explícitas citações bíblicas. Mas desaconselha a investigação no sentido de decifrar tão grande mistério, dada a complexidade natural que avança e se eleva para as coisas sobrenaturais.
Santo Agostinho de Hipona, grande teólogo e doutor da Igreja, tentou exaustivamente compreender este inefável mistério.
Certa vez, passeava ele pela praia, completamente compenetrado, pediu a Deus luz para que pudesse desvendar o enigma.
Até que deparou-se com uma criança brincando na areia.
Fazia ela um trajeto curto, mas repetitivo.
Corria com um copo na mão até um pequeno buraco feito na areia, e ali despejava a água do mar; sucessivamente voltava, enchia o copo e o despejava novamente.
Curioso, perguntou à criança o que ela pretendia fazer.
A criança lhe disse que queria colocar toda a água do mar dentro daquele buraquinho.
No que o Santo lhe explicou ser impossível realizar o intento.
Aí a criança lhe disse: “É muito mais fácil o oceano todo ser transferido para este buraco, do que compreender-se o mistério da Santíssima Trindade”.
E a criança, que era um anjo, desapareceu...
Santo Agostinho concluiu que a mente humana é extremante limitada para poder assimilar a dimensão de Deus e, por mais que se esforce, jamais poderá entender esta grandeza por suas próprias forças ou por seu raciocínio.
Só o compreenderemos plenamente, na eternidade, quando nos encontrarmos no céu com o Pai, o Filho e o Espírito Santo.
Ao participarmos da Santa Missa observamos que, desde o início, quando nos benzemos, até o momento da bênção trinitária final, constantemente o sacerdote invoca a Santíssima Trindade, particularmente durante a pregação eucarística.
As orações que o padre pronuncia após a consagração, que por certo são dignas de serem ouvidas com atenção e recolhimento, são dirigidas a Deus Pai, por mediação de Jesus Cristo, em unidade com o Espírito Santo.
E é na missa onde o cristão logra vislumbrar, pela graça do Espírito Santo, o mistério da Santíssima Trindade.
Devemos, neste momento, invocar a Deus Trino, que aumente nossa fé, porque sem ela, será impossível crer neste mistério, mistério de fé no sentido estrito.
Mesmo sem conseguir penetrar na sua essência o cristão deverá, simplesmente, crer nele.
O mistério da Santíssima Trindade é uma das maiores revelações feita por Nosso Senhor Jesus Cristo.
Os judeus adoram a unicidade de Deus e desconhecem a pluralidade de pessoas e a sua unidade substancial.
Os demais povos adoram a multiplicidade de deuses.
O cristianismo é a única religião que, por revelação de Jesus, prega ser Deus uno em três pessoas distintas:
DEUS PAI – Não foi criado e nem gerado. É o “princípio e o fim, princípio sem princípio”; por si só, é Princípio de Vida, de quem tudo procede; possui absoluta comunhão com o Filho e com o Espírito Santo. Atribui-se ao Pai a Criação do mundo.
DEUS FILHO – Procede eternamente do Pai, por quem foi gerado, não criado. Gerado pelo Pai porque assumiu no tempo Sua natureza humana, para nossa Salvação. É Ele Eterno e consubstancial ao Pai (da mesma natureza e substância). Atribui-se ao Filho a Redenção do Mundo.
DEUS ESPÍRITO SANTO – Procede do Pai e do Filho; é como uma expiração, sopro de amor consubstancial entre o Pai e o Filho; pode-se dizer que Deus em sua vida íntima é amor, que se personaliza no Espírito Santo. Manifestou-se primeiramente no Batismo e na Transfiguração de Jesus; depois no dia de Pentecostes sobre os discípulos. Habita nos corações dos fiéis com o dom da caridade. Atribui-se ao Espírito Santo a Santificação do mundo.
O Pai é pura Paternidade, o filho é pura Filiação e o Espírito Santo, puro nexo de Amor. São relações subsistentes, que em virtude de seu impulso vital, saem um ao encontro do outro em perfeita comunhão, onde a totalidade da Pessoa está aberta à outra distintamente.
Este é o paradigma supremo da sinceridade e liberdade espiritual a que devem ter as relações interpessoais humanas, num perfeito modelo transcendente, só assim, compreensível ao entendimento humano.
É desta forma que devemos conhecer a mensagem a Santíssima Trindade, mesmo sem alcançar os segredos do seu mistério.
Desta maneira, devemos nos comprometer a adquirir certas atitudes nas nossas relações humanas.
A Igreja nos convida a “glorificar a Santíssima Trindade”, como manifestação da celebração.
Não há melhor forma de fazê-lo, senão revisando as relações com nossos irmãos, para melhorá-las e assim viver a unidade querida por Jesus:
“Que todos sejam um”.

Abra a alma para o ânimo.

Não permita, por nenhum motivo, que o desânimo domine
o seu dia.

Se pensar, principalmente nos primeiros instantes, que
o dia será penoso, desagradável, isso será igual a
chamar a dificuldade para perto de você. Mas, se crer
que nada poderá fazê-lo triste ou infeliz, colocará o
coração a salvo de tormentos.

Os dias não têm mesmo que ser vividos? Então, por que
entregar-se ao que infelicita?

Não perca a chance de ser feliz.

A felicidade de um instante fica gravada para sempre
no coração.

Dê carinho à vida

A Vida tem regras a serem seguidas, e não é com socos
e pontapés que se deve tratá-la.

O bem-estar, a felicidade exige bom trato, delicadeza.
São eles como os recantos das estradas, onde há sombra
e água fresca. Se se estragar o recanto, prejudica-se
o já cansado viajor.

Não é com nervosismo, primitivismo, forte materialismo,
sexualidade exagerada ou desrespeito aos outros que se
recebe bons tratos da vida. Ela, maltratada, devolve
as agressões na forma de sofrimentos e corrigendas.

A vida transforma em amor a você o carinho que de você
recebe.

Espere passar.

A tormenta dos problemas e complicações vem destruidora.
Você está sendo levado a posições que não imagina
defrontar.

Mas, aguarde. As situações se modificam e se acomodam.
Acabam passando. Quando menos você esperar, tudo surge
diferente.

Controle-se. Espere com paciência. Resista. Quando chegar
de novo a tranqüilidade, você gostará de ter demonstrado sua força.

É maior a alegria nascida da vitória sobre si mesmo.

Cultive as boas amizades

São um tesouro. Dão prazer.

O interesse mascara a amizade, desfigura-a. Impede o seu
crescimento. Uma verdadeira amizade tem sentimento, abertura, diálogo.
Manifesta o amor. Caminha junto a você. Merece ouvir de você somente a
verdade.

Preserve-a.

As amizades sinceras solidificam os laços do amor e dão
sustento à vida.

A palavra luta nos lembra a idéia de disputa

A palavra luta nos lembra a idéia de disputa, de briga, de obtenção de algo mesmo contra a vontade de outrem.



No entanto, ela também nos faz pensar em esforço,

resistência, procura da vitória com bons meios.



“Eu venci o mundo”, disse Jesus.



Na luta, a certeza da conquista é fundamental.



Quando se sai à luta vacilante, temendo o fracasso, as forças diminuem, o ânimo não aparece e a desistência vem a seguir.



Portanto, acredite em você e no seu potencial.

PAZ ÍNTIMA

A confiança em Deus e em ti mesmo; A consciência tranqüila; O tempo ocupado no melhor a fazer; A palavra construtiva; A oração com trabalho; A esperança em serviço; A paciência operosa; A opinião desapaixonada; A benção da compreensão. A participação no progresso de todos; A atitude compassiva; A verdade iluminada de amor; O esquecimento do mal; A fidelidade aos compromissos assumidos; O perdão incondicional das ofensas; O devotamento ao estudo; O gesto da simpatia; O sorriso de encorajamento; O auxílio espontâneo ao próximo; A simplicidade nos hábitos; O espírito de renovação; O culto da tolerância; A coragem de olvidar-se para servir; A perseverança no bem. Conservemos semelhantes traços pessoais, na experiência do dia a dia... ... e adquiriremos a ciência da paz íntima com o privilégio de encontrar a felicidade pelo trabalho, no clima do amor.

Que dia agradável!

Este será um dia muito bom.

Pense desta forma:

“Este dia será muito bom para mim, não porque

acontecerão somente coisas agradáveis, mas,

porque nada de ruim sentirei. Terei para toda

pessoa, coisa ou trabalho, uma palavra amorosa.

Se nada puder dizer, darei um olhar

ou farei um gesto significativo”.



O dia é você que faz.

Se dispuser-se a ser bom ou

compreensivo, ele acompanhará você.

Fazer o dia ser feliz é uma arte,

e você pode ser o artista.

Sua palavra não volta mais.

Sua palavra não volta mais. Tenha cuidado.



Talvez você procure corrigir o que disse, mas a retificação é difícil.



Dê sempre um sentido elevado às suas palavras. Evite as que possam ferir ou humilhar. Mesmo quando você estiver "cheio de razão".

Não diga o que oprime. Ponha-se no lugar do outro.



A palavra justa e boa alivia e alegra, mas a má carrega consigo destruição e tristeza. Está em nós dirigi-la num ou noutro sentido.



Saber usar a boa palavra é um dom inestimável.

Entenda o seu íntimo

Ele é o que de mais precioso você tem. Nele estão todos os recursos de
que você precisa para uma vida realizada e feliz.

Foi Deus que fez você assim.

Ele colocou, bem dentro de você, superprotegidos, fortíssimos recursos
e sublimes atributos para serem desenvolvidos e aproveitados. Estão
dormentes, como sementes, mas acordam e agem quando você os toca com o
bisturi da inteligência e do bom sentimento.

Para todo tipo de questão ou problema, há um recurso dentro de você.
Não lamente nada, pois o que é bom já está dentro de você.

As suas qualidades, uma vez desenvolvidas, não recuam jamais.

Exercite as suas capacidades

Se o que você fez não saiu como gostaria, tente outra
vez; se o que tem não sobra para ajudar os outros,
administre-se melhor; se o que disse não é verdade,
pense antes de falar; se está em decadência, reerga-se;
se não caminha bem o que lhe diz respeito, ore, aja e
espere as melhorias.

Se nem tudo lhe sai bem, não desanime. Lembre-se de
que o principal é melhorar a si mesmo. E isso você pode
fazer sempre.

Progrida.

Creia nas suas capacidades e construa um futuro sólido.

As suas capacidades aumentam quando você se vê
progredindo.

O Fácil E O Difícil

Fácil amontoar.
Difícil distribuir.
Fácil falar.
Difícil fazer.
Fácil arrasar.
Difícil construir.
Fácil reprovar.
Difícil compreender.
Fácil acomodar.
Difícil realizar.
Fácil ganhar.
Difícil ceder.
Fácil crer.
Difícil discernir.
Fácil ensinar.
Difícil exemplificar.
Fácil sofrer.
Difícil aproveitar.
Qualquer pessoa, de qualquer condição, pode fazer o que é fácil; entretanto, efetuar o que é difícil pede noção de responsabilidade e burilamento íntimo.

É por esse motivo que o Espiritismo, sendo em si mesmo a doutrina da fé raciocinada, para que se cumpra o imperativo evangélico do "a cada um segundo as suas obras", reclama o combustível do serviço individual, para que brilhe, em cada um de nós, o facho da educação.

Não Confundas

Porque a Escritura diz: Todo aquele
que nele crer não será confundido."
Paulo.(ROMANOS, 10:11.)


Em todos os círculos do Cristianismo há formas diversas quanto à crença individual.
Há católicos romanos que restringem ao padre o objeto de confiança; reformistas evangélicos que se limitam à fórmula verbal e espiritistas que concentram todas as expressões da fé na organização mediúnica.
É natural, portanto, a colheita de desilusões.
Em todos os lugares, há sacerdotes que não satisfazem, fórmulas verbalistas que não atendem e médiuns que não solucionam todas as necessidades.
Além disso, temos a considerar que toda crença cega, distante do Cristo, pode redundar em séria perturbação... Quase sempre, os devotos não pedem algo mais que a satisfação egoística no culto comum, no sentimento rudimentar de religiosidade, e, daí, os desastres do coração.
O discípulo sincero, em todas as circunstâncias, compreende a probabilidade de falência na colaboração humana e, por isso, coloca o ensino de Jesus acima de tudo.
O Mestre não veio ao mundo operar a exaltação do egoísmo individual, e, sim, traçar um roteiro definitivo às criaturas, instituindo trabalho edificante e revelando os objetivos sublimes da vida.
Lembra sempre que a tua existência é jornada para Deus.
Em que objeto centralizas a tua crença, meu amigo? Recorda que é necessário crer sinceramente em Jesus e segui-Lo, para não sermos confundidos.

AS FORÇAS DO AMANHÃ

"Não sabeis que um pouco de fermento leveda a massa toda?"
- Paulo (I Coríntios, 5:6)
Ninguém vive só.
Nossa alma é sempre núcleo de influência para os demais.
Nossos atos possuem linguagem positiva.
Nossas palavras atuam à distância.
Achamo-nos magneticamente associados uns aos outros.
Ações e reações caracterizam-nos a marcha.
É preciso saber, portanto, que espécie de forças projetamos naqueles que nos cercam.
Nossa conduta é um livro aberto.

Quantos de nossos gestos insignificantes alcançam o próximo, gerando inesperadas resoluções.
Quantas frases, aparentemente inexpressivas, arrojadas de nossa boca estabelecem grandes acontecimentos.
Cada dia emitimos sugestões para o bem ou para o mal.
Dirigentes arrastam dirigidos.
Servos inspiram administradores.
Qual é o caminho que a nossa atitude está indicando?
Um pouco de fermento leveda a massa toda.

Não dispomos de recursos para analisar a extensão de nossa influência, mas podemos examinar-lhe a qualidade essencial.
Acautele-te, pois, com o alimento invisível que forneces às vidas que te rodeiam.
Desdobra-se o destino em correntes de fluxo e refluxo. As forças que hoje se exteriorizam de nossa atividade voltarão ao centro de nossa atividade, amanhã.

PARA COMEÇAR O DIA

Bendito és tu, Pai Santo,
fonte da vida,
do amor e da paz!
Por tua bondade
deste-me a graça de mais um dia.
Que este dia seja para a glória
do teu nome
e para o meu crescimento na fé.
Quero ser instrumento de tua paz
e de teu amor.
Dá-me teu Santo Espírito,
para que eu trate bem as pessoas
que encontrar neste dia.
Por onde passar hoje,
que eu deixe uma semente
do teu reino
e um sinal de tua presença.

O controle

O controle
de nossas reações
é o caminho para evitar
perturbações emocionais ou físicas,
é o modo de assegurarmos
o equilíbrio da saúde.
Ao guardarmos ressentimento
contra alguém é como se injetássemos
no corpo e na mente um veneno
que amortece o sentimento do amor.
Saibamos perdoar,
como as ondas do mar,
que, passando sobre a areia,
retiram as "cicatrizes"
sem deixar vestígios.


*

"Suportai-vos uns aos outros...
e perdoai-vos mutuamente.
Como o Senhor vos perdoou,
fazei assim também vós"
(Cl 3,13).

Bênção dos doentes

"Nós Vos louvamos Senhor,
e Vos bendizemos porque pela
vossa ressureição ,abristes para nós
o caminho de esperança
através de tudo o que nos oprime.
Iluminada pelo clarão da
vossa ressureição ,
a noite é mais noite,
e a treva é tão clara quanto o dia.
E agora nós vos pedimos:
abençõai (diga o nome da pessoa)
para que não fique oprimido com
o mal que que o afeta mas que possa
mesmo agora, estar aberto a vossa
presença e ao Vosso Amor.
Vós que sois o Deus com o Pai
na unidade do Espírito Santo,
em nome de Jesus ,Amém.

Fazer boas ações

Fazer boas ações
é um investimento
que certamente renderá juros.
A vida passa rapidamente,
mas sempre há tempo para realizar
alguma coisa boa e útil.
Semear o bem é sempre
um trabalho imortal:
nós, e também outros,
poderemos colher os frutos.


*

"Não esmoreçamos na prática do bem,
pois no devido tempo
colheremos o fruto,
se não desanimarmos"
(Gl 6,9).

Oração para o desânimo

"Meu Deus,a Ti clamo:
dentro de mim há trevas,
mas em Ti encontro a luz.
Estou sozinha,mas tu não me abandonas.
Estou desanimada,mas em ti encontro auxílio.
Estou inquieta,mas em ti encontro a paz.
Dentro de mim a amargura,
mas em Ti encontro paciência,
Não compreendo Teus planos,
mas Tu conheces o meu caminho. Amém

Nossa Senhora Auxiliadora

A festa de Nossa Senhora Auxiliadora foi instituída pelo Papa Pio VII, pelo decreto de 16 de setembro de 1816, sendo mais uma confirmação brilhante da memorável profecia da Mãe de Jesus: “Eis que me chamarão bem-aventurada todas as gerações” (Lc. 1). Instituindo esta festa, a Igreja com isto tencionou: 1º.) comemorar um dos acontecimentos mais notáveis da história do cristianismo, em que Maria de um modo tão patente, mostrou o seu poder e 2º.) animar os fiéis à confiança na intercessão de Maria Santíssima.

O acontecimento foi o seguinte: O imperador Napoleão primeiro, cuja ambição não respeitava lei nem tradição, dedicava ódio ao Papa Pio VII, por ter-se negado a declarar inválido o matrimônio de Jerônimo, irmão de Napoleão, que mui legalmente tinha contraído com uma senhora protestante, filha de um negociante da América do Norte. Sob um pretexto mentiroso, mandou que o general Miollis, em 1809, ocupasse Roma e em nome do Imperador declarasse: “Sendo eu imperador de Roma, exijo a restituição dos Estados Eclesiásticos, doação de Carlos Magno; declaro findo o Império do Papa”. Pio VII protestou contra esta arbitrariedade injustíssima e lançou a excomunhão de Napoleão. A bula da excomunhão foi por ordem do Papa afixada na porta da catedral de São Pedro, na noite de 10 para 11 de junho de 1809.

Às 02:00 horas da madrugada, o general Radet penetrou no palácio do Quirinal, onde encontrou o Sumo Pontífice revestido das insígnias papais. Dirigindo-se a Pio VII, com voz trêmula, disse: “Cabe-me uma ordem desagradabilíssima; tendo, porém, prestado juramento de fidelidade e de obediência ao meu imperador, devo cumpri-la: Em nome do imperador declaro-vos, que deveis renunciar ao governo civil sobre Roma e os Estados Eclesiásticos e, caso a isso vos negardes, vos levarei ao general Miollis”. Pio VII, com voz firme e dignidade, respondeu: “ Julgais ser vosso dever executar as ordens do Imperador, a quem juraste fidelidade e obediência; deveis compreender de que maneira somos obrigados a respeitar o direito da Santa Sé, nós que estamos ligados com tantos juramentos! Não podemos renunciar ao que não nos pertence; o poder temporal pertence à Igreja Católica, de que somos apenas administradores. O imperador pode mandar fazer-nos em pedaços, mas o que de nós exige, não lho daremos”. Radet conduziu então o Santo Padre, com o Cardeal Pacca, a uma carruagem que já se achava de prontidão, fê-los tomar lugar, fechou a portinhola e levou-os, não ao general Miollis, mas até às fronteiras da França e de lá à prisão em Savona. O Cardeal Pacca ficou, como prisioneiro, em Fenestrella.

Napoleão tinha dado ordem que fossem retiradas da companhia do Papa todas as pessoas de confiança dele, até o confessor; foi-lhe impossibilitado o uso do Breviário e a mesa era-lhe a mais frugal possível. Em tudo isto se tinha pensado, para intimidar o espírito do Papa e quebrar-lhe a resistência. Os maçons e inimigos da Igreja rejubilaram com a vitória sobre o Papado, e seus órgãos já falavam do último Pio. Pio VII, porém, cheio de confiança, entregou a causa à Providência Divina e a Maria Santíssima, Mãe de Misericórdia, e fez o voto de fazer uma solene coroação da imagem de Nossa Senhora de Savona. O que muito contribuiu para aumentar os sofrimentos morais do Sumo Pontífice, foi a atitude duvidosa de cardeais italianos e franceses, que mostravam mais empenho em não cair no desagrado de Napoleão, do que em defender os interesses da Santa Igreja.

Em 1812 Pio VII foi levado a Paris. Embora muito doente, teve de seguir viagem, já de si penosíssima, transformada em verdadeiro martírio, pelas circunstâncias em que foi feita. Sem a menor comodidade, foi o representante de Cristo tratado como um criminoso perigosíssimo. Seu estado de saúde piorou de tal maneira, que lhe foram ministrados os últimos sacramentos. Ainda assim os algozes não tiveram compaixão do venerando ancião, que só chegou vivo a Fontainebleau, em Paris, por uma proteção especial do céu.

Repugna descrever as indignidades e injúrias, de que foi vítima o Vigário de Cristo. Entretanto, sem que ninguém o pudesse prever, as coisas mudaram, e bem depressa. Napoleão perdeu a batalha de Leipzig e, cedendo à pressão formidável de opinião pública, deu liberdade ao Papa e no mesmo palácio, onde o tinha mantido preso, se viu obrigado a assinar a abdicação.

Pio VII voltou para Savona, onde cumpriu o voto. Em presença de muitos Cardeais e Prelados, do rei Vitor de Sardenha, da rainha Maria Luiza de Etruria, fez a coroação da imagem da Mãe de Misericórdia, e no dia 24 de maio de 1814, fez a solene entrada em Roma, debaixo de jubilosas aclamações.

O Papa entrou outra vez no livre exercício do seu governo; foram restituídos os objetos de arte, que os generais franceses tinham levado para a França, e Napoleão, o grande conquistador, esperou, como prisioneiro, na ilha de Santa Helena, pela hora da liberdade. Esta lhe soou seis anos depois, quando Deus o chamou para prestar contas ao eterno Juiz.

Pio VII atribuiu a vitória da Igreja sobre a revolução, sua libertação das mãos dos inimigos, à intercessão poderosíssima de Maria Santíssima, e para testemunhar e imortalizar sua gratidão, instituiu a festa de Nossa Senhora Auxiliadora.

Se a devoção de Nossa Senhora Auxiliadora tomou novo incremento na igreja Católica, é também devido ao grande Santo dos nossos dias, São João Bosco, que deu a Deus e a Igreja duas congregações: A Pia Sociedade de São Francisco de Sales (Salesianos) e a das Filhas de Maria Auxiliadora, ambas destinadas à educação cristã da mocidade, e pregação do Reino de Deus entre os pagãos, à caridade de Cristo em suas diversas modalidades. Ambas trabalham e se santificam sob a égide de Maria Auxiliadora, a cuja intercessão São João Bosco atribuiu sua vocação sacerdotal e missionária, e cuja devoção legou às suas instituições como um penhor preciosíssimo e providencial de santificação e proteção divina.

ORAÇÃO À NOSSA SENHORA AUXILIADORA

(Composta por São João Bosco)



Ó Maria, Virgem poderosa,

Tu, grande e ilustre defensora da Igreja;

Tu, auxílio maravilhoso dos cristãos;

Tu, terrível como exército ordenado em ordem de batalha

Tu, que só, destruíste toda heresia em todo o mundo:

Ah! Nas nossas angústias, nas nossas lutas, nas nossas aflições, defende-nos do inimigo;

e, na hora da morte, acolhe a nossa alma no Paraíso.

Amém.


REFLEXÕES

Por que motivo é que a Igreja, a esposa de Jesus Cristo, deve passar por tantas tribulações e perseguições? Por que é que seu Chefe visível, o Papa, é tantas vezes alvo dos mais rudes ataques? Humilhação maior não podia haver para a Igreja e seu chefe, que a que Napoleão causou. Porque tudo isto?

São altos desígnios de Deus, que não nos compete indagar e citar perante o tribunal da nossa inteligência.

Deus mesmo no-lo diz, pela boca do salmista: “O Senhor dissipou os projetos das nações e reprova os intentos dos povos e arruína os conselhos dos príncipes; mas os conselhos do Senhor permanecem eternamente; os pensamentos do seu coração passam de geração em geração. (Sal 32, 10, 11)

Deus permitiu aquela grande provação, de que a Igreja saiu rejuvenecida e confortada. Que nome é hoje mais abençoado, o de Pio VII, do mártir da liberdade da Igreja ou o de Napoleão I? Quem é mais digno de admiração, quem exerce maior influência sobre os espíritos, o ancião de batina branca ou o imperador vestido de púrpura, empunhando cetro do poder mundial? Este foi o flagelo de Deus. Finda a missão, Deus o abandonou. No Papa, porém, se verificou o que Cristo disse a Pedro: “Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei minha Igreja e as portas do inferno não prevalecerão contra ela” (Mt. 16, 18).,

Deus é fiel e imutável nas suas promessas e ameaças. Se às vezes nos quer parecer que os inimigos prevalecem contra a Igreja, lembremo-nos da palavra do divino Mestre: “Estarei convosco até o fim dos séculos” .

“Não há nada neste mundo, que Deus ame tanto, como a liberdade de sua Igreja”. (Santo Anselmo de Canterbury).

Sejamos sempre bons e dedicados filhos da nossa Igreja! Amemo-la, defendemo-la e sejamos obedientes aos seus preceitos. Imitemos o exemplo dos fiéis do tempo dos Apóstolos, dirigindo preces ardentes a Deus pela prosperidade da Igreja e do Sumo Pontífice.

Nossa Senhora Auxiliadora - Rogai por nós!

O que guardar de tudo o que passou?

Se você teve que tomar árduas decisões, sofreu abalos
no coração ou pesadas mudanças de situação, respire
aliviado.

Comece nova vida.

Aproveite o aprendizado para crescer por dentro e
melhor agir e não deixe que as emoções vividas
atrapalhem o seu presente. Ponha o que passou no
lugar em que deve ficar e siga avante, contente
por ter vencido etapas dolorosas.

Guarde as experiências.

Quem sabe lidar com um passado de tormentas nada
tem a temer no presente.

Firme-se na esperança.

Se as coisas estão difíceis e os problemas teimam em
fazer você infeliz, ponha ordem em tudo.

Chegou a hora da esperança.

Só a esperança, por arregimentar em você forças,
poderes, energias e afastar as idéias inúteis, põe
segurança e paz no seu coração. Logo ao despontar da
esperança, afugentam-se os temores tal como a
escuridão some ao aparecer o sol.

Congregue as suas forças positivas, confie no poder
de Deus e faça surgir a esperança.

Ter esperança é ter solução.

Um fio de esperança é um fio de solução.

Expanda-se.

Por que ficar atado a velhas concepções, amargar
problemas e ver o mundo sem esperanças?

Não se acomode.

Você é um ser grandioso, com todos os meios para
se transformar e alcançar a paz e a prosperidade.

Não se dê por vencido. Não pense já ter feito tudo
o que podia e estar sendo perseguido por Deus e pela
vida.

Você pode arrebentar fortes correntes, vencer
obstáculos que outros ainda não venceram, levantar-
se de onde parece não ser possível, pôr-se de pé até
mesmo acima da força das pernas.

Quanto mais capaz você acredita ser, mais capaz se
torna.

A dor obriga a bem pensar.

Mas, de livre e espontânea vontade, sem dor, cultive
os pensamentos que o façam descobrir a si mesmo,
revelar os seus valores e sentir-se feliz.

Se uma dor surge, aproveite o que ela ensina, as
decisões e providências que aponta e o estímulo que
dá às suas forças profundas. Assim como é preferível
a verdade que dói à mentira que engana, é valiosa a
dor que se aproveita.

Aprender com a dor é virtude, mas não despreze os
seus recursos de inteligência e sentimento em tempos
normais.

A disciplina interna vale como a dor que educa.

AMIGOS

Tenho amigos que não sabem o quanto são meus amigos. Não percebem o amor que lhes devoto e a absoluta necessidade que tenho deles.

A amizade é um sentimento mais nobre do que o amor, eis que permite que o objeto dela se divida em outros afetos, enquanto o amor tem intrínseco o ciúme, que não admite a rivalidade.

E eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos!

Até mesmo aqueles que não percebem o quanto são meus amigos e o quanto minha vida depende de suas existências ..

A alguns deles não procuro, basta-me saber que eles existem. Esta mera condição me encoraja a seguir em frente pela vida. Mas, porque não os procuro com assiduidade, não

posso lhes dizer o quanto gosto deles. Eles não iriam acreditar. Muitos deles estão lendo esta crônica e não sabem que estão incluídos na sagrada relação de meus amigos.

Mas é delicioso que eu saiba e sinta que os adoro, embora não declare e não os procure. E às vezes, quando os procuro, noto que eles não tem noção de como me são necessários, de como são dispensáveis ao meu equilíbrio vital, porque eles fazem parte do mundo que eu, tremulamente, construí e se tornaram alicerces do meu encanto pela vida.

Se um deles morrer, eu ficarei torto para um lado. Se todos eles morrerem, eu desabo! Por isso é que, sem que eles saibam, eu rezo pela vida deles. E me envergonho, porque essa minha prece é, em síntese, dirigida ao meu bem estar. Ela é, talvez, fruto do meu egoísmo.

Por vezes, mergulho em pensamentos sobre alguns deles. Quando viajo e fico diante de lugares maravilhosos, cai-me alguma lágrima por não estarem junto de mim, compartilhando daquele prazer ...

Se alguma coisa me consome e me envelhece é que a roda furiosa da vida não me permite ter sempre ao meu lado, morando comigo, andando comigo, falando comigo, vivendo comigo, todos os meus amigos, e, principalmente os que só desconfiam ou talvez nunca vão saber que são meus amigos!

A gente não faz amigos, reconhece-os.

Não se deixe contaminar pelo nervosismo.

O ambiente está tenso. Alguém está raivoso ou o atrapalha de alguma forma. Você sente o impulso para reclamar ou agredir.

Mas, segure-se.

O nervosismo impede o raciocínio sadio e compromete a sua saúde. Você passa a falar o que não devia e a fazer o que não queria. Gera arrependimento.

Acalme-se. Compreenda. Todos temos defeitos.

Você fica a salvo da violência quando centra o pensamento em Deus.

domingo, 30 de maio de 2010

PÃO

“Eu sou o pão da vida.” – Jesus. (João, 6:48.)


Importante considerar a afirmativa de Jesus, comparando-se ao pão.

Todos os povos, em todos os tempos, se ufanam dos pratos nacionais.

As mesas festivas, em todas as épocas, banqueteiam-se com viandas exóticas. Condimentação excitante, misturas complicadas, confeitos extravagantes, grande cópia de animais sacrificados.

Às vezes, depois das iguarias tóxicas, as libações de entontecer.

O pão, no entanto, é o alimento popular. Ainda mesmo quando varie nos ingredientes que o compõem e nos métodos de confecção em que se configura, é constituído de farinha amassada e vulgarmente fermentada e que, depois de submetida ao calor do forno, se transforma em fator do sustento mundial. Sempre o mesmo, na avenida ou na favela, na escola ou no hospital. Se lhe adicionam outra espécie de quitute, entre duas fatias, deixa de ser pão. I sanduíche. Se lançado à formação de acepipe que o absorva, naturalmente desaparece.

O pão é invariavelmente pão.

Quando alguém te envolva no confete da lisonja, insuflando-te vaidade, não te dês à superestimação dos próprios valores. Não te acredites em condições excepcionais e nem te situes acima dos outros.

Abraça nos deveres diários o caminho da ascensão, recordando que Jesus – o Enviado Divino e Governador Espiritual da Terra – não achou para si mesmo outra imagem mais nobre e mais alta que a do pão puro e simples.

TUAS DORES

Não vejas a dor como castigo divino, mas sim, como lição a ser aprendida.
Deus não castiga a ninguém, perdoa incondicionalmente a tudo e a todos.
As leis Divinas não são de reprimenda e mortificação, mas sim, amorosas e instrutivas.
Tuas dores, porém, são criações de tuas atitudes e pensamentos negativos.
Renova tuas idéias, pensando no bem maior e terás tuas dores amenizadas cada vez mais.
Tu mesmo é que Te punes; teus atos deseducativos frente à vida é que te constrangem.
Reeduca-te com a visão dos ensinamentos universais e entrarás no fluxo da paz e bonança.

Paz a Todos.

VELHOS E MOÇOS

Não era raro observar-se, na pequena comunidade dos discípulos, o entrechoque das opiniões, dentro do idealismo quente dos mais jovens. Muita vez, o séquito humilde dividia-se em discussões, relativamente aos projetos do futuro.
Enquanto Pedro e André se punham a ouvir os companheiros, com a ingenuidade de seus corações simples e sinceros, João comentava os planos de luta no porvir; Tiago, seu irmão, falava do bom aproveitamento de sua juventude, ao passo que o jovem Tadeu fazia promessas maravilhosas.
- Somos jovens! diziam. Iremos à Terra inteira, pregaremos o Evangelho às nações, renovaremos o mundo!...
Tão logo o Mestre permitisse, sairiam da Galiléia, pregariam as verdades do reino de Deus naquela Jerusalém atulhada de preconceitos e de falsos intérpretes do pensamento divino. Sentiam-se fortes e bem dispostos. Respiravam a longos haustos e
supunham-se os únicos discípulos habilitados a traduzir com fidelidade os novos ensinamentos. Por longas horas, questionavam acerca de suas possibilidades, apresentavam as suas vantagens, debatiam seus projetos imensos. E pensavam consigo: que poderia realizar Simão Pedro, chefe de família e encarcerado nos seus pequeninos deveres? Mateus não estava igualmente enlaçado por inadiáveis obrigações de cada dia? André e o irmão os escutavam despreocupados, para meditarem apenas quanto às lições do Messias.
Entretanto, Simão, mais tarde chamado o “Zelote”, antigo pescador do lago, acompanhava semelhantes conversações, humilhado. Algo mais velho que os companheiros, suas energias, a seu ver, já não se coadunavam com os serviços do Evangelho do Reino. Ouvindo as palavras fortes da juventude dos filhos de Zebedeu, perguntava a si mesmo o que seria de seu esforço singelo, junto de Jesus. Começava a sentir mais fortemente o declínio das forças vitais. Suas energias pareciam descer de uma
grande montanha, embora o espírito se lhe conservasse firme e vigilante, no ritmo da vida.
Deixando-se, porém, impressionar vivamente, procurou entender-se com o Mestre, buscando eximir-se das dúvidas que lhe roíam o coração.
*
Depois de expor os seus receios e vacilações, observou que Jesus o fitava sem surpresa, como se tivesse pleno conhecimento de
suas emoções.
- Simão, disse o Mestre com desvelado carinho —, poderíamos acaso perguntar a idade de Nosso Pai? E se fôssemos contar o tempo, na ampulheta das inquietações humanas, quem seria o mais velho de todos nós? A vida, na sua expressão terrestre, é como uma árvore grandiosa. A infância é a sua ramagem verdejante. A mocidade se constitui de suas flores perfumadas e formosas. A velhice é o fruto da experiência e da sabedoria. Há ramagens que morrem depois do primeiro beijo do Sol, e flores que caem ao primeiro sopro da Primavera. O fruto, porém, é sempre uma bênção do Todo-Poderoso. A ramagem é uma esperança; a flor uma promessa; o fruto é realização. Só ele contém o doce mistério da vida, cuja fonte se perde no infinito da divindade!...
Ao passo que o discípulo lhe meditava os conceitos, com sincera admiração, Jesus prosseguia, esclarecendo: Esta imagem pode ser também a da vida do espírito, na sua radiosa eternidade, apenas com a diferença de que aí as ramagens e as flores não morrem nunca, marchando sempre para o fruto da edificação. Em face da grandeza espiritual da vida, a existência humana é uma hora de aprendizado, no caminho infinito do Tempo; essa hora minúscula encerra o que existe no todo. É por isso que aí vemos, por vezes, jovens que falam com uma experiência milenária e velhos sem reflexão e sem esperança.
- Então, Senhor, de qualquer modo, a velhice é a meta do espírito? perguntou o discípulo, emocionado.
- Não a velhice enferma e amargurada que se conhece na Terra, mas a da experiência que edifica o amor e a sabedoria. Ainda aqui, devemos recordar o símbolo da árvore, para reconhecer que o fruto perfeito é a frescura da ramagem e a beleza da flor, encerrando o conteúdo divino do mel e da semente.
Percebendo que o Mestre estendera seus conceitos em amplas imagens simbológicas, o apóstolo voltou a retrair-se em seu caso particular e obtemperou:
- A verdade, Senhor, é que me sinto depauperado e envelhecido, temendo não resistir aos esforços a que se obriga a minhalma, na semeadura da vossa doutrina santa.
- Mas, escuta, Simão redarguiu-lhe Jesus, com serenidade enérgica —, achas que os moços de amanhã poderão fazer alguma coisa sem os trabalhos dos que agora estão envelhecendo?!... Poderia a árvore viver sem a raiz, a alma sem Deus?! Lembra-te da tua parte de esforço e não te preocupes com a obra que pertence ao Todo-Poderoso. Sobretudo, não olvides que a nossa tarefa, para dignidade perfeita de nossas almas, deve ser intransferível. João também será velho e os cabelos brancos de sua fronte contarão profundas experiências. Não te magoe a palestra dos jovens da Terra. A flor, no mundo, pode ser o princípio do fruto, mas pode também enfeitar o cortejo das ilusões. Quando te cerque o burburinho da mocidade, ama os jovens que revelem trabalho e reflexão; entretanto, não deixes de sorrir, igualmente, para os levianos e inconstantes: são crianças que pedem cuidado, abelhas que ainda não sabem fazer o mel. Perdoa-lhes os entusiasmos sem rumo, como se devem esquecer os impulsos de um menino na inconsciência dos seus primeiros dias de vida. Esclarece-os, Simão, e não penses que outro homem pudesse efetuar, no conjunto da obra divina, o esforço que te compete. Vai e tem bom ânimo!... Um velho sem esperança em Deus é um irmão triste da noite; mas eu venho trazer ao mundo as claridades de um dia perene.
Dando Jesus por terminado o seu esclarecimento, Simão, o Zelote, se retirou satisfeito, como se houvesse recebido no coração uma energia nova.
*
Voltando à casa pobre, encontrou Tiago, filho de Cleofas, falando à margem do lago com alguns jovens, apelando ardentemente para as suas forças realizadoras. Avistando o velho companheiro, o apóstolo mais moço não o ofendeu, porém fez uma pequena alusão à sua idade, para destacar as palavras de sua exortação aos companheiros pescadores. Simão, no entanto, sem experimentar qualquer laivo de ciúme, recordou as elucidações do mestre e, logo que se fez silêncio, ao reconhecer que Tiago estava só, falou-lhe com brandura:
- Tiago, meu irmão, será que o espírito tem idade? Se Deus contasse o tempo como nós, não seria ele o mais velho de toda a criação? E que homem do mundo guardará a presunção de se igualar ao Todo-Poderoso? Um rapaz não conseguiria realizar a sua tarefa na Terra, senão tivesse a precedê-lo as experiências de seus pais. Não nos detenhamos na idade, esqueçamos as circunstâncias, para lembrar somente os fins sagrados de nossa vida, que deve ser a edificação do Reino no íntimo das almas.
O filho de Alfeu escutou-lhe as observações singelas e reconheceu que eram ditas com uma fraternidade tão pura, que não lhe chegavam a ferir, nem de leve, o coração. Admirando a ternura serena do companheiro e sem esquecer o padrão de humildade que o Mestre cultivava, refletiu um momento e exclamou, comovido:
- Tens razão!
O velho apóstolo não esperou qualquer justificativa de sua parte e, dando-lhe um abraço, mostrou-lhe um sorriso bom, deixando
perceber que ambos deviam esquecer, para sempre, aquele minuto de divergência, a fim de se unirem cada vez mais em Jesus-Cristo.
Naquela mesma tarde, quando o Messias começou a ensinar a sabedoria do Reino de Deus, Simão, o Zelote, notou que havia na praia duas criancinhas inconscientes. Dominada pela nova luz que fluía dos ensinamentos do Mestre, a mãe delas não vira que se distanciavam, ao longo do primeiro lençol raso das águas; o velho pescador, atento à pregação e às demais necessidades da hora em curso, observou os dois pequeninos e acompanhou-os. Com uma boa palavra, tomou-os nos braços, sentando-se numa pedra e, terminada que foi a reunião, os restituiu ao colo maternal, em meio de suave alegria e sincero reconhecimento.
Inspirado por uma força estranha à sua’ alma, o discípulo compreendeu que o júbilo daquela tarde não teria sido completo se duas crianças houvessem desaparecido no seio imenso das águas, separando-se para sempre dos braços amoráveis de sua mãe. No âmago do seu espírito, havia um júbilo sincero. Compreendera com o Cristo o prazer de servir, a alegria de ser útil.
Nessa noite, Simão, o Zelote, teve um sonho glorioso para a sua alma simples. Adormecendo de consciência feliz, sonhou que se encontrava com o Messias, no cume de um monte que se elevava em estranhas fulgurações. Jesus o abraçou com carinho e lhe agradeceu o fraterno esclarecimento fornecido a Tiago, em sua lembrança, manifestando-lhe reconhecimento pelo seu terno cuidado com duas crianças desconhecidas, por amor de seu nome.
O discípulo sentia-se venturoso naquele momento sublime. Jesus, do alto da colina prodigiosa, mostrava-lhe o mundo inteiro. Eram cidades e campos, mares e montanhas... Em seguida, o antigo pescador compreendeu que seus olhos assombrados divisavam as paisagens do futuro. Ao lado de seu deslumbramento, passava a imensa família humana. Todas as criaturas fitavam o Mestre, com os olhos agradecidos e refulgentes de amor. As crianças lhe chamavam “amigo fiel”; os jovens, “verdade do céu”; os velhos, “sagrada esperança”.
Simão acordou, experimentando indefinível alegria..
Na manhã imediata, antes do trabalho, procurou o Senhor e beijou-lhe a fímbria humilde da túnica, exclamando jubilosamente:
- Mestre, agora vos compreendo!...
Jesus contemplou-o com amor e respondeu:
- Em verdade, Simão, ser moço ou velho, no mundo, não interessa!... Antes de tudo, é preciso ser de Deus!...

Dê o grito de liberdade

Dê o grito de liberdade!

Liberte-se do materialismo, do egoísmo, da

descrença, da falta de espiritualidade.

Tudo isso está à sua volta, a chamá-lo para

ser mais um no meio dos infelizes.

Reaja!

Jogue para longe o mau contágio.

Desembarace-se da ateia maléfica.

Dissolva a viscosidade negativa que aprisiona.

Rompa amarras;

A felicidade, para chegar, pede que você

limpe o caminho por onde ela deve passar.

Viva, viva, viva!

É o alerta da espiritualidade para você.

São fontes de vida os estímulos de

alegria que você dá a si mesmo;

as palavras de ânimo que profere;

a paciência que sempre nos momentos difíceis;

a sensibilidade diante do sofrimento alheiro;

o afugentamento das desesperanças;

o aconchego, no fundo do coração, de sublimes

esperanças em dias que estão por vir.

Vida é confiança em si, em Deus e em Suas sábias leis.

Vive bem quem cuida da mente e do coração.

Levante as mãos para o céu.

Sim, você poderia ter sofrido o acidente,

e dele se livrou; poderia ter levado prejuízo, e escapou;

poderia ter ficado desempregado, e empregou-se;

poderia não ter ganho o dinheiro, recebeu-o;

poderia ter ficado sem uma amizade, e conservou-a.

Isso se deve à proteção divina.

Por isso, levante as mãos para o céu e diga

do fundo do seu coração:

“Obrigado, meu Deus! Obrigado, porque Tu estás sempre me ajudando, defendendo-me dos males, fazendo-me feliz, até mesmo quando caminho para a infelicidade”.

Só por agradecer a Deus você já é feliz.

AMOR, A FORÇA QUE REGE OUNIVERSO

No Universo inteiro o espiritual e o material interagem um sobre o outro ininterruptamente, obedecendo a lei de afinididade, portanto, depende de nós o procurar se melhorar através do conhecimento de sí próprio, para que saibamos viver sempre em sociedade, de maneira solidadaria, de forma a abranger todas as relações com os nossos semelhantes, ou seja, na doação natural é total sem constrangimento nenhum para com o próximo, pois teremos o Amor como força regendo todas as nossas relações.

A cura total de nossos males só se dará quando conseguirmos amar, a tudo e a todos com liberdade de consciência e despreendimento, pois somente o amor proporciona vida, alegria e equilíbrio.

Se

Se soubermos escolher a vida, o bem, poderemos cantar com toda a força
e entusiasmo os versos finais de Capelinha de Melão:
"Atirei rosas pelo caminho...."
A coroa que não murcha, de que fala São Paulo aos Coríntios (9,25), a coroa da vida,
coroa que 'Deus prometeu aos que o amam'.
Esta é a nossa verdadeira felicidade, a alegria plena e sem fim!
Neste novo mês - junho - em que tantos lugares se vive a alegria das festas juninas,
somos convidados a manifestar, a felicidade que temos no coração.
Não só em junho, mas de janeiro a dezembro.

ILHA

Sem amor, o que somos? Nada!
Uma ilha é cercada de água por todos os lados: assim o cristão: cercado de amor por todos os lados,
não o amor que vem dos outros, mas o amor que sai de si para encontrrar os outros e, neles, o Outro!
A ilha, embora a água a cerque, continua firme porque se apóia nas profundezas;
assim o cristão.

Doação

Quando você descobre que tudo o que precisa está dentro de você mesmo,

deixa de esperar impacientemente por algo que deseja e passa a doar o que tem.

A partir daí, cada momento é visto como uma oportunidade de ser doador;

não como uma obrigação, mas como um presente.

Tempo, atenção, orientação, afeto, aceitação, respeito; enfim, todas essas

formas de doação, e muitas outras, tornam-se presentes verdadeiros

que não precisam de despesa nem embalagem.

Doe-se.

Oração da Noite

Meu Pai,

agora que as vozes silenciaram e os clamores se apagaram,

aqui ao pé da cama, minha alma se eleva a Ti, para dizer creio em Ti,

espero em Ti, Amo-te com todas as minhas forças.

Glória a Ti, Senhor!

Deposito em tuas mãos a fadiga e a luta, as alegrias e desencantos

deste dia que ficou para trás.

Se os nervos me traíram, se os impulsos egoístas me dominaram,

se dei lugar ao rancor ou à tristeza, perdão, Senhor!

Tem piedade de mim!

Se fui infiel, se pronunciei palavras vãs, se me deixei levar pela impaciência,

se fui um espinho para alguém, perdão, Senhor!

Nesta noite, não quero me entregar ao sono sem sentir sobre a minha alma

a segurança de tua misericórdia, tua doce misericórdia inteiramente gratuita, Senhor.

Eu te agradeço, meu Pai, porque foste a sombra fresca que me cobriu durante todo este dia.

Eu te agradeço, porque invisível, carinhoso, envolvente, cuidaste de mim como uma mãe,

em todas estas horas.

Senhor, ao redor de mim tudo já é silêncio e calma.

Envia teu anjo da Paz a esta casa.

Relaxa meus nervos, sossega o meu espírito, solta as minhas tensões,

inunda meu ser de silêncio e de serenidade.

Vela por mim, Pai querido, enquanto eu me entrego confiante ao sono,

como uma criança que dorme feliz em teus braços.

Em teu nome, Senhor, descansarei tranquilo.

Assim seja.

CORPOS FERIDOS

"Tinha um problema na perna.
Jogava-a para o lado e para a frente para poder andar. Mas andava.
Depois do aneurisma, reaprendeu a andar para reaprender a viver.

Passou sereno por mim naquela alegria de pessoa que venceu na vida.
Venceu a dor.
Pensei nos milhares de homens, mulheres e crianças que carregam no corpo um sinal de dor.
Ouvidos, olhos, diabetes, braços, mãos, pés, pernas, estômago, rins, pulmões...
Algo não funciona.
Então eles se armam de teimosia e dominam o corpo que tenta dominar seus males.
São pessoas lindas e fortes.

Como velas quebradas, provam que se pode emitir a mesma luz que as velas inteiras,
porque sua luz não vem de fora, mas de dentro.
Não sei o que seria do mundo sem eles.
Certamente seria um mundo mais fraco, mais insensível e mais triste.

Aquelas pernas e aqueles olhos atingidos pela doença continuam úteis.
Eles mostram que o ser humano é mais do que uma simples máquina.
A pessoa que leva o corpo é maior do que o corpo que a leva!"

VELAR COM JESUS

Então. Nem, uma hora pudeste velar comigo?"
- (MATEUS, 26-40.)
Jesus veio à Terra acordar os homens para a vida maior.
É interessante lembrar, todavia, que, em sentindo a necessidade de alguém para acompanhá-lo no supremo testemunho, não convidou seguidores tímidos ou beneficiados da véspera e, sim, os discípulos conscientes das próprias obrigações. Entretanto, esses mesmos dormiram, intensificando a solidão do Divino Enviado.
É indispensável rememoremos o texto evangélico para considerar que o Mestre continua em esforço incessante e prossegue convocando cooperadores devotados à colaboração necessária.
Claro que não confia tarefas de importância fundamental a Espíritos inexperientes ou ignorantes; mas, é imperioso reconhecer o reduzido número daqueles que não adormecem no mundo, enquanto Jesus aguarda resultados da incumbência que lhe foi cometida.
Olvidando o mandato de que são portadores, inquietam-se pela execução dos próprios desejos, a observarem em grande conta os dias rápidos que o corpo físico lhes oferece. Esquecem-se de que a vida é a eternidade e que a existência terrestre não passa simbolicamente de "uma hora". Em vista disso, ao despertarem na realidade espiritual, os obreiros distraídos choram sob o látego da consciência e anseiam pelo reencontro da paz do Salvador, mas ecoam-lhes ao ouvido as palavras endereçadas a Pedro:
Então, nem por uma hora pudeste velar comigo?
E, em verdade, se ainda não podemos permanecer com o Cristo, ao menos uma hora, como pretendermos a divina união para a eternidade?

DIFERENÇAS

A violência quando desafiada respondeu com a força da cólera
alarmando grande número de pessoas.
A dignidade se observou ferida e mobilizou providências que a repusessem
no respeito devido, suscitando casos na vida de muita gente.
A coragem foi espancada e passou em silêncio, compreendendo a enfermidade do agressor e empenhando-se em não criar dificuldades para ninguém.

Com alegria a vida tem mais sentido.

Quer estar sempre contente?
Estar sempre contente é a arte do bem viver.
Ao pôr um pensamento positivo em ação,
você dá um salto de qualidade.
E consegue aperfeiçoar-se com a sucessão
de pensamentos e ações dessa natureza.
Com o tempo, aparecem-lhe estáveis as
positividades, as alegrias, as esperanças.
E você se sente bem continuamente.
Estar sempre alegre não é estar sempre rindo.
É não se deixar dominar pelas tristezas.
Com alegria a vida tem mais sentido.

O dia está cheio de problemas?

O dia está cheio de problemas?
Parece-lhe que além dos problemas que já
possuía ainda apareceram outros?
Mas, isso é comum.
O importante é manter a calma.
Como a chuva forte, que causa estragos, mas deixa
grandes benefícios, assim são os problemas.
E não se esqueça de evitar o maior dos problemas,
o interno, o de julgar-se infeliz, de ver-se
como causa do mal que vê pela frente.
Muitos problemas são também benefícios.
Se você não os classifica como tais,
os problemas não existem.

Santissima Trindade

As três pessoas da Santíssima Trindade é um só Deus em Três Pessoas distintas. O Pai, o Filho e o Espírito Santo, possuem a mesma natureza divina, a mesma grandeza, bondade e santidade.

Apesar disso, através da história, a Igreja tem observado que certas atividades são mais apropriadas a uma pessoa que a outra.

A Criação do mundo é mais apropriada ao Pai, a redenção ao Filho e a Santificação, ao Espírito Santo.

Nenhuma das Três pessoas Trinitárias exerce mais ou menos poder sobre as outras. Cada uma delas tem toda a divindade, todo poder e toda a sabedoria.

E justamente, nesta breve dissertação, constatamos a profundidade do mistério da Santíssima Trindade, ante a complexidade em assimilar a magnitude de Três pessoas distintas formando um só Deus.

Trata-se, portanto, de um grande mistério, central da fé cristã.

As Escrituras são claras a respeito da Santíssima Tindade, desde o antigo, até o novo Testamento.
A festa da Santíssima Trindade é um dos dias mais importantes do ano litúrgico.
Nós, como cristãos a celebramos convictos pelos ensinamentos da Igreja, que possui a plenitude das verdades reveladas por Cristo.
É dogma de fé estabelecido, a essência de um só Deus em Três Pessoas distintas: Pai, Filho e Espírito Santo.
É um mistério de difícil interpretação, impossível, de ser assimilado pelas limitações humanas.
Há séculos a Santa Igreja ensina o mistério de Três Pessoas em um só Deus, baseada nas claras e explícitas citações bíblicas. Mas desaconselha a investigação no sentido de decifrar tão grande mistério, dada a complexidade natural que avança e se eleva para as coisas sobrenaturais.
Santo Agostinho de Hipona, grande teólogo e doutor da Igreja, tentou exaustivamente compreender este inefável mistério.
Certa vez, passeava ele pela praia, completamente compenetrado, pediu a Deus luz para que pudesse desvendar o enigma.
Até que deparou-se com uma criança brincando na areia.
Fazia ela um trajeto curto, mas repetitivo.
Corria com um copo na mão até um pequeno buraco feito na areia, e ali despejava a água do mar; sucessivamente voltava, enchia o copo e o despejava novamente.
Curioso, perguntou à criança o que ela pretendia fazer.
A criança lhe disse que queria colocar toda a água do mar dentro daquele buraquinho.
No que o Santo lhe explicou ser impossível realizar o intento.
Aí a criança lhe disse: “É muito mais fácil o oceano todo ser transferido para este buraco, do que compreender-se o mistério da Santíssima Trindade”.
E a criança, que era um anjo, desapareceu...
Santo Agostinho concluiu que a mente humana é extremante limitada para poder assimilar a dimensão de Deus e, por mais que se esforce, jamais poderá entender esta grandeza por suas próprias forças ou por seu raciocínio.
Só o compreenderemos plenamente, na eternidade, quando nos encontrarmos no céu com o Pai, o Filho e o Espírito Santo.
Ao participarmos da Santa Missa observamos que, desde o início, quando nos benzemos, até o momento da bênção trinitária final, constantemente o sacerdote invoca a Santíssima Trindade, particularmente durante a pregação eucarística.
As orações que o padre pronuncia após a consagração, que por certo são dignas de serem ouvidas com atenção e recolhimento, são dirigidas a Deus Pai, por mediação de Jesus Cristo, em unidade com o Espírito Santo.
E é na missa onde o cristão logra vislumbrar, pela graça do Espírito Santo, o mistério da Santíssima Trindade.
Devemos, neste momento, invocar a Deus Trino, que aumente nossa fé, porque sem ela, será impossível crer neste mistério, mistério de fé no sentido estrito.
Mesmo sem conseguir penetrar na sua essência o cristão deverá, simplesmente, crer nele.
O mistério da Santíssima Trindade é uma das maiores revelações feita por Nosso Senhor Jesus Cristo.
Os judeus adoram a unicidade de Deus e desconhecem a pluralidade de pessoas e a sua unidade substancial.
Os demais povos adoram a multiplicidade de deuses.
O cristianismo é a única religião que, por revelação de Jesus, prega ser Deus uno em três pessoas distintas:
DEUS PAI – Não foi criado e nem gerado. É o “princípio e o fim, princípio sem princípio”; por si só, é Princípio de Vida, de quem tudo procede; possui absoluta comunhão com o Filho e com o Espírito Santo. Atribui-se ao Pai a Criação do mundo.
DEUS FILHO – Procede eternamente do Pai, por quem foi gerado, não criado. Gerado pelo Pai porque assumiu no tempo Sua natureza humana, para nossa Salvação. É Ele Eterno e consubstancial ao Pai (da mesma natureza e substância). Atribui-se ao Filho a Redenção do Mundo.
DEUS ESPÍRITO SANTO – Procede do Pai e do Filho; é como uma expiração, sopro de amor consubstancial entre o Pai e o Filho; pode-se dizer que Deus em sua vida íntima é amor, que se personaliza no Espírito Santo. Manifestou-se primeiramente no Batismo e na Transfiguração de Jesus; depois no dia de Pentecostes sobre os discípulos. Habita nos corações dos fiéis com o dom da caridade. Atribui-se ao Espírito Santo a Santificação do mundo.
O Pai é pura Paternidade, o filho é pura Filiação e o Espírito Santo, puro nexo de Amor. São relações subsistentes, que em virtude de seu impulso vital, saem um ao encontro do outro em perfeita comunhão, onde a totalidade da Pessoa está aberta à outra distintamente.
Este é o paradigma supremo da sinceridade e liberdade espiritual a que devem ter as relações interpessoais humanas, num perfeito modelo transcendente, só assim, compreensível ao entendimento humano.
É desta forma que devemos conhecer a mensagem a Santíssima Trindade, mesmo sem alcançar os segredos do seu mistério.
Desta maneira, devemos nos comprometer a adquirir certas atitudes nas nossas relações humanas.
A Igreja nos convida a “glorificar a Santíssima Trindade”, como manifestação da celebração.
Não há melhor forma de fazê-lo, senão revisando as relações com nossos irmãos, para melhorá-las e assim viver a unidade querida por Jesus:
“Que todos sejam um”.

PENTECOSTES

Era para os judeus uma festa de grande alegria, pois era a festa das colheitas. Ação de graças pela colheita do trigo.
Vinha gente de toda a parte: judeus saudosos que voltavam a Jerusalém, trazendo também pagãos amigos e prosélitos.
Eram oferecidas as primícias das colheitas no templo.
Era também chamada festa das sete semanas por ser celebrada sete semanas depois da festa da páscoa, no qüinquagésimo dia. Daí o nome Pentecostes, que significa "qüinquagésimo dia".
No primeiro pentecostes, depois da morte de Jesus, cinqüenta dias depois da páscoa, o Espírito Santo desceu sobre a comunidade cristã de Jerusalém na forma de línguas de fogo; todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas (At 2,1-4).
As primícias da colheita aconteceram naquele dia, pois foram muitos os que se converteram e foram recolhidos para o Reino.
Quem é o Espírito Santo?
O prometido por Jesus: "...ordenou-lhes que não se afastassem de Jerusalém, mas que esperassem a realização da promessa do Pai a qual, disse Ele, ouvistes da minha boca: João batizou com água; vós, porém, sereis batizados com o Espírito Santo dentro de poucos dias" (At 1,4-5).
Espírito que procede do Pai e do Filho: "quando vier o Paráclito, que vos enviarei da parte do Pai, o Espírito da Verdade que vem do Pai, ele dará testemunho de mim e vós também dareis testemunho..." (Jo 15 26-27).
O Espírito Santo é Deus com o Pai e com o Filho. Sua presença traz consigo o Filho e o Pai.
Por Ele somos filhos no Filho e estamos em comunhão com o Pai.

Qual é sua missão: Introduzir-nos na comunhão do Filho com o Pai, santificando-nos e fazendo-nos filhos com Jesus.
Fortalecer-nos para a missão de testemunhar e anunciar Jesus ao mundo. Para isso recebemos a plenitude de seus dons bem como a capacidade de proclamar a todos a quem somos enviados o Evangelho de Jesus.
O Espírito Santo é o AMOR do Pai e do Filho derramado em nossos corações.
O amor é fogo que arde, é chama que aquece e é força que aproxima e une.
O milagre das línguas é este: tomados pelo amor de Deus os homens passam a viver uma profunda comunhão e entre eles se estabelece a concórdia e a paz destruída pelo orgulho de Babel, raiz da discórdia e da confusão das línguas.
Guiar a Igreja nos caminhos da história para que ela permaneça fiel ao Senhor e encontre sempre de novo os meios de anunciar eficazmente o Evangelho. E isto o Espírito Santo o faz assistindo os pastores, derramando seus carismas sobre todo o Povo e a todos sustentando na missão de testemunhar o Evangelho.
É pelo Espírito Santo que Jesus continua presente e atuante na sua Igreja.

Quem O recebe?
Todos os que são batizados e crismados.

Quem dele vive?
Somente aqueles que procuram guardar a Palavra do Senhor no esforço de conversão, na oração e no empenho em testemunhar e anunciar o Evangelho de Jesus.

Quem crê no Espírito Santo e procura viver Dele, é feliz.
Amém.

Oração

MÃE DE DEUS, MÃE DE TODOS NÓS, QUERO NESTE MOMENTO COLOCAR EM
TUAS MÃOS AMOROSAS NOSSAS DIFICULDADES E AFLIÇÕES.
ENSINA-NOS A OUVIR O TEU BENDITO FILHO NOSSO SENHOR JESUS CRISTO.
PEÇO PELOS NOSSOS FAMILIARES QUE MAIS NECESSITAM,
PRINCIPALMENTE DE CURA INTERIOR, CAMINHE COM SEU FILHO,
POR AQUELES LUGARES, QUE SÓ TU PODES IR. MÃE AMADA, TEU FILHO CONHECE
AS NOSSAS NECESSIDADES, SEJA DE CURA INTERIOR, CURA FÍSICA,
PSICOLÓGICA OU DOS TRAUMAS. COLOCO TODO NOSSO SER EM TUAS MÃOS.
AMÉM

Oração

Ó VIRGEM MARIA, MINHA BOA MÃE, QUÃO FELIZES SÃO AQUELES E AQUELAS QUE,
NÃO SE DEIXANDO ILUDIR POR FALSA DEVOÇÃO PARA CONVOSCO,
SEGUEM FIELMENTE VOSSOS PASSOS, OBEDECEM AOS VOSSOS CONSELHOS,
CUMPREM VOSSAS ORDENS! FELIZES ETERNAMENTE PORQUE
JAMAIS SE PERDEU UM VOSSO SERVO FIEL, QUE TENHA IMITADO VOSSAS VIRTUDES.

Entenda o porquê.

Compreenda por que está no mundo, por que precisa fazer-se como pessoa, por que precisa amar, por que precisa ter esperança, por que precisa crer em si e em Deus.

Quando você pensa e medita, agindo como pensa e medita, consegue se aprofundar nos significados das coisas, dos acontecimentos, da vida. E isso lhe faz bem.

Ponha a funcionar a mente e o coração, sem ter medo de mistérios ou enigmas. O que não puder saber agora, saberás mais tarde.

Sua capacidade é fantástica.

O seu entendimento progride com o exercício da mente.

Empregue o pensamento positivo.

Faça isso sempre.



O pensamento é positivo quando contém boa intenção.



Ele nasce dos seus bons sentimentos, do seu desejo útil, das forças benévolas que sustentam você, de Deus.



Pensar positivamente é entrar no ritmo

agradável e inteligente do Universo.



O Universo é positivo.



Resista aos pensamentos negativos, que desgastam o seu ser e lhe trazem males e insucessos.



A mente positiva realiza os anseios do coração.

Tenha paciência com tudo

Se não lhe dizem a verdade ou o que você quer ouvir, mesmo assim escute.

Se faltam ao compromisso e não fazem como você quer, compreenda as razões de quem assim age. Se o ofendem, silencie ou pense antes de responder. Se não lhe
reconhecem o valor, não se abale. Se tudo vem às avessas do que deseja, controle-se e espere
modificações.

A paciência tudo resolve.

É tendo paciência e calma, é pensando antes de agir que você vive melhor, sente prazer em ter sabedoria e bem planeja o futuro.

A paciência é semente da paz duradoura.

Dê valor à manhã.

Você se levanta da cama atormentado. O tormento atrapalha o seu dia.

Para você começar bem, ponha pensamentos positivos na sua cabeça, desde a manhã. Preencha-se de esperança.

Diga para você mesmo: "este será um dia feliz. A presença de Deus me anima e me encaminha para a frente. Tenho tudo para vencer. Confio no poder de Deus e nas minhas qualidades."

Quanto mais você modifica a manhã tenebrosa mais constrói um dia de luz.

Toque a vida para a frente.

Você não precisa estar a todo momento pedindo ajuda,
como se a sua mente estivesse numa cadeira de rodas.

Você tem forças próprias para levar-se avante. É você
um gerador de oportunidades, de realizações incontáveis
e de levantamento nas quedas, mesmo que parta do zero.

Olhe para a sua potência interior, ponha-se a acreditar
no que pensa, assente as bases do seu amanhã, e, se
vierem, agradeça os apoios.

Se a sua vida não anda por conta própria, empurre-a.

Para quem realmente quer, não há barreiras
intransponíveis.

Seja solidário

Deixe-se tocar pelo sofrimento alheio. Considere que
pode acontecer com você o que acontece com o outros
e que você não gostaria fossem eles indiferentes a
você.

Se você dá aos outros o que é bom para eles, por uma
tendência natural, recebe ondas positivas em
retribuição. Essas chegam vivas ao seu coração e à
sua mente, favorecem a sua vida em tudo e mostram-lhe caminhos, veios
e sinais de felicidade.

Jamais deixe que o mal apareça dentro de você.

Nas mãos dos outros está uma parte da sua felicidade

Tenha uma esperança alta, concreta, inabalável.

Não deixe que pairem dúvidas sobre a sua esperança.

Quando você titubeia e permite dúvidas sobre a sua
esperança, esta, por tênue, torna-se uma pena que cai,
uma pluma ao sabor do vento.

Jamais permita que a leve pena da esperança toque o
chão. Mantenha-a bem no alto com o sopro do seu otimismo,
na firme convicção de que a sua vida lhe foi entregue por
Deus para ser vivida com alegria e prosperidade.

Conserve firme a esperança.

A esperança, depois de acostumada no alto, ali se mantém
por si mesma.

Hoje olho a Vida com novos olhos

Quando pessoas de fora vêm me visitar, sempre me ajudam a ver meu
mundo através dos olhos delas. Pensamos que já vimos tudo e, no entanto,
perdemos muita coisa a nossa volta. Nas minhas meditações matinais, peço
para ver e compreender mais naquele dia. Meu mundo é infinitamente mais
amplo do que percebo..
Estou disposto a ver a Vida de um modo novo e diferente, a notar
coisas que nunca notei antes. Um mundo novo aguarda minha nova visão.

O direito de ser

Se a dor é individual,
se o amor é individual,
com que direito as pessoas querem
escolher o que é melhor para os outros?

Não,
não e mil vezes não!

Ninguém tem o direito
de interferir na felicidade de
outra pessoa.
Cada qual deve conhecer
os limites do seu próprio jardim
e também os do vizinho,
filhos, pais e amigos.

Medo de que o outro
se engane e seja infeliz?
Cada qual deve ter sua quota
de responsabilidade naquilo
que faz ou deixa de fazer,
deve ter o direito de experimentar
o doce da felicidade e o
amargo das decepções,
se for preciso.

Isso chama-se respeito
à individualidade de cada um,
dar-lhe o direito de ser e
ser completamente,
exatamente como desejamos
para nós mesmos,
exigimos até.

O difícil no relacionamento
entre as pessoas é saber até
onde deve-se ir.

O fio que separa o amor
que sentimos e a liberdade
do outro de ser e de escolher
o que quer ser é frágil,
mas ele existe.

Mesmo com todo amor que sentia,
com os riscos, perigos e tentações,

Deus deixou o homem
livre para tocar ou não na árvore,
provar ou não do fruto.
E não o amou menos por isso,
nem renegou.

Ensinou-nos que amar
significa cercar o outro de amor,
mas sem prendê-lo,
sem impedi-lo de respirar
e de ser o que deseja ser.

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COMENTÁRIOS DA AUTORA

Podemos cometer erros graves
em nome daquilo que chamamos
de amor e amizade.

Podemos,
na nossa ânsia de querer
o bem do outro
(para satisfazer nossa própria necessidade)
interferir na sua vida e impedi-lo
de viver os pedaços de dias,
os sonhos e as necessidades
que só cabe a ele.

Quando pequenos,
escolhemos para nossos filhos,
porque é assim a vida e que
estamos aqui para dar-lhes
o alicerce da vida,
no nosso ponto de vista.

Mas, crescendo,
crescem também suas asas,
desenvolve-se sua personalidade,
um ser humano à partes iguais
a nós se forma.

E mesmo se não concordamos
com suas escolhas,
não existimos para julgá-los,
mas para amá-los e ensinar-lhes
o respeito do ser humano.

Deus,
com grande maestria,
plantou um jardim,
deu forma a ele e pôs nEle a
coroa da Sua criação,
para que pudesse ir e vir.

Deu-lhe o sopro da vida
e a liberdade de escolher.

Acolheu-o
certamente com lágrimas,
mas com os braços abertos
e o coração inteiro.

Por que nós,
imperfeitos e clamando
o direito de ser,
permitimo-nos julgar e condenar ?

Cada qual tem o
seu direito de viver a vida,
beber dela, mergulhar nela,
buscar seus pormenores,
cair aqui e caminhar ali,
receber o sol e a chuva como
bênçãos oferecidas por Aquele que,
mesmo depois de estarmos
fora do Jardim,
plantou-nos novas flores e
deu-nos uma chance mais
de ser feliz.

O texto de hoje é pequenininho,
mas penso que fala muito para
quem tem o coração aberto.
Em Ti eu confio!

Em ti Senhor, eu deposito as minhas esperanças,
mas lhe peço, que isto não me torne um conformado,
por isso, arregaço às mangas e vou a luta,
segurando em mãos poderosas, invisíveis,
mas firmes o bastante para me sustentar.

Em Ti senhor, eu confio e me entrego,
mas te peço, que não me falte forças,
diante das dificuldades que eu sei que virão.
Mesmo agora, diante dos tropeços,
apenas me sustente, me ajude a levantar.
De pé e com a sua mão, sou mais forte,
sou capaz de ver o mundo com outra cor.

Em Ti Senhor, eu deposito,
meu único e maior tesouro, a minha vida,
pois com o livre-arbítrio que me o senhor me deu,
posso dá-la a quem quiser,
posso ir para a direita ou para a esquerda,
passar pela porta ou sentar mendigando.
E eu, por crer em Ti, resolvi seguir adiante,
lutar para dar mais um passo, longe da ilusão das coisas fáceis,
do brilho do “ouro dos tolos”, dos falsos ídolos,
e das palavras doces dos querem apenas roubar,
eis me aqui, pronto para Te adorar.

Em Ti,eu repouso, e trabalho,
e sigo amando, ainda que não me amem,
trabalhando. ainda que não reconheçam,
pois só de Ti espero justiça,
e sei que em quem posso confiar.
Eis a vida, o caminho, a verdade,
a Luz do mundo é o teu brilho,
nesse amado Jesus, que é Teu filho,
me encontro, mesmo sem entendê-lo,
pois Ele é a perfeição,
e eu, apenas emoção,
eterno aprendiz do Universo.

Em ti eu creio, sigo e venço.
Para sempre, amém.

ALMA GÊMEA

Alma Gêmea de minha alma

Flor de Luz de minha vida

Sublime estrela caída

Das belezas da amplidão.

Quando eu errava no mundo...

Triste e só, no meu caminho,

Chegaste, devagarinho,

E encheste-me o coração.

Vinhas na benção das flores

Da divina claridade,

Tecer-me a Felicidade

Em sorrisos de esplendor !

És meu tesouro infinito.

Juro-te eterna aliança.

Porque sou tua esperança,

Como és todo meu amor !

Alma Gêmea de minha alma

Se eu te perder algum dia...

Serei tua escura agonia,

Da saudade nos seus véus...

Se um dia me abandonares

Luz terna dos meus amores,

Hei de esperar-te, entre as flores

Da claridade dos céus."

Oração a Nossa Senhora Auxiliadora

Santíssima Virgem Maria
a quem Deus constituiu Auxiliadora dos Cristãos,
nós vos escolhemos como Senhora e Protetora desta casa.
Dignai-vos mostrar aqui Vosso auxílio poderoso.
Preservai esta casa de todo perigo:
do incêndio, da inundação, do raio, das tempestades,
dos ladrões, dos malfeitores, da guerra
e de todas as outras calamidades que conheceis.
Abençoai, protegei, defendei,
guardai como coisa vossa
as pessoas que vivem nesta casa.
Sobretudo concedei-lhes a graça mais importante,
a de viverem sempre na amizade de Deus,
evitando o pecado.
Dai-lhes a fé que tivestes na Palavra de Deus,
e o amor que nutristes para com Vosso Filho Jesus
e para com todos aqueles
pelos quais Ele morreu na cruz.
Maria, Auxílio dos Cristãos,
rogai por todos que moram nesta casa
que Vos foi consagrada.
Amém.

Sintonize Jesus

Você é bom de escuta?
Então, vamos ao teste:
Você já escutou o som de uma plantinha quando cresce?
Já ouviu o som de uma flor que se abre à luz do sol?
Escutou o som da sombra da noite,
quando envolve a terra na sua escuridão?
Já sentiu a leveza da aurora quando,
ao amanhecer, pousa sobre o mundo a sua luz?


Se você ainda não se deu tempo
para a escuta da natureza…
ao menos captou o movimento de sua mente
quando de abre para a compreensão de uma palavra?
Já percebeu a beleza de uma expressão carinhosa,
quando desliza da mente até o coração?
É possível que toda esta realidade
já esteja envolvendo sua vida.
Pode ser também que você
ainda não tenha desenvolvido tal sensibilidade…
para crer sem ver.


Assim é no plano da fé.
É a fé que nos faz ver o invisível
e experienciar a sua realidade:
Deus ama você. Ele enviou seu filho Jesus
para indicar-lhe o caminho da salvação.
Jesus deu sua vida para que ninguém
permanecesse na morte.

Com sua ressurreição revelou
e nos trouxe aquela vida nova que,
no profundo de seu coração, você deseja viver.
Cada dia de sua vida
sintonize o que Jesus fez por você!
Descubra a beleza da fé;
agarre a força da esperança;
sintonize o sentido profundo desta vida nova;
corra… para testemunhar a outros esta maravilha!
Feliz Páscoa! Você está vivendo-a!

Quem foi que me tocou?

“E certa mulher, que tinha uma hemorragia havia doze anos e gastara com os médicos todo o seu haver e por ninguém pudera ser curada, chegando-se por detrás, tocou-Lhe a orla do manto, e imediatamente cessou a sua hemorragia”
lucas 8.43,44

Pela Lei Mosaica, durante todo este tempo ela deveria estar excluída de sua sociedade, era considerada imunda. Mas mesmo sendo descriminada e excluída ela colocou toda a sua fé em Jesus Cristo e enfrentou a multidão.
Muitas mulheres sentem-se sem valor, talvez por palavras que ouvem ou por suas limitações sociais de uma sociedade que sempre pregou uma diferença muito grande. Porém Jesus veio resgatar isso, em seu Ministério terreno dando grande valor as mulheres. Sem contar que por todo o tempo Ele dá prova de seu amor a todos nós.
“Mas Deus dá prova do seu amor para conosco, em que, quando éramos ainda pecadores, Cristo morreu por nós. (Rm 5.8)”.
Algumas vezes são provações que nos levam a Jesus Cristo, assim não devemos nos deixar derrotar por elas, mas fazer como esta mulher que venceu todas as dificuldades, multidões, tocando em Jesus e tendo uma experiência maravilhosa com Ele.
A Bíblia fala que a multidão oprimia Jesus, mas mesmo assim ela continuou a sua caminhada, fraca, oprimida, ela foi atrás de Jesus. Eu não sei qual é a multidão que te oprime, pode ser a sua família, os seus problemas, sua depressão ou auto-estima, mas como aquela mulher, que se não tocasse em Jesus poderia morrer e já tinha gastado todos os seus recursos tentando outras alternativas, você também tem que perseverar.
“Perguntou Jesus: Quem é que me tocou? Como todos negassem, disse-lhe Pedro: Mestre, as multidões te apertam e te oprimem. (lucas 8.45)”.
E o melhor de tudo, mesmo com todas estas coisas e discriminações, o Mestre sentiu quando foi tocado por esta mulher, discriminada, separada, excluída e ainda falou que d'Ele saiu virtude quando isso ocorreu.
Pedro, Seu discípulo ainda falou como Ele poderia saber, se tinham varias pessoas apertando-O, quer dizer, mesmo que alguém importante ou significativo para você, esteja dizendo que não há mais jeito, que não tem mais esperança, quero te dizer que o Mestre te vê e sente quanto você o toca: não desista jamais!
“Mas disse Jesus: Alguém Me tocou; pois percebi que de Mim saiu poder. (lucas 8.46)”.
Você é especial para Deus e ele sente quando O toca, você não é simplesmente mais uma. Você é a que Lhe toca com o coração sincero, com fé e esperança e talvez Ele seja a sua última esperança.
O mais lindo dessa passagem é a misericórdia que Deus expressa a todo o tempo por nós. Pois a mulher ficou aflita em se revelar, em meio a uma multidão que nega a Jesus, afinal poderia ser apedrejada até a morte, por ter tocado em um homem santo, enquanto todos diziam que ela estava imunda.
Mas essa mulher tocada pelo Espírito Santo de Deus, vendo que não poderia se esconder, sentindo a maravilha da transformação que aconteceu em sua vida revelou-se.
“Então, vendo a mulher que não passara despercebida, aproximou-se tremendo e, prostrando-se diante d'Ele, declarou-Lhe perante todo o povo a causa por que Lhe havia tocado, e como fora imediatamente curada. (lucas 8.47)”.
E Jesus, lhe responde com toda a compaixão e misericórdia, ignorando toda a discriminação, toda a humilhação, toda a falta de esperança que possa ter norteado a vida desta mulher durante estes doze anos: “Disse-lhe ele: Filha, a tua fé te salvou; vai-te em paz. (lucas 8.48)”.
Eu não sei qual é o seu “fluxo de sangue”, quantos anos ele tem perturbado a sua vida, talvez você anseie muito em ouvir estas palavras: “Vai em paz a sua fé te salvou”, por isso quero te dizer que o único que pode te dizer é Jesus.
E saiba que você é muito especial para Deus, não importa o numero de pessoas que estão te impedindo de chegar até Ele, pois é o único que tem poder para te libertar e curar de todos os seus problemas, principalmente se tiver acabado todos os recursos humanos para tal, basta tocá-Lo com fé e sinceridade.
Pois se você não sabe, o Poder de Deus se aperfeiçoa na fraqueza, principalmente quando se esgotam os recursos humanos, assim a Glória de Deus é mais bem vista e percebida, porque você tem a certeza de que foi Ele que o fez.
“E Ele me disse: A Minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. Por isso, de boa vontade antes me gloriarei nas minhas fraquezas, a fim de que repouse sobre mim o poder de Cristo (II Co 12.9)”.
Toque em Jesus sinta o poder, glória e majestade de Deus e sinta-se renovada nos braços do Pai.



Os relatos bíblicos estão recheados da presença feminina: Eva, Sara, Rebeca, Lia, Raquel, Miriam, Débora, Rute, Ana, Ester, Maria e tantas mais... São mulheres, mães, criadas, rainhas, estrangeiras, heroínas, companheiras. São mulheres que não se inibiram nem se sujeitaram à opressão da sociedade patriarcal, machista e conseguiram romper com as algemas que as sufocavam. Saíram em defesa de seus filhos seus irmãos, seu povo. Saíram em defesa da vida. Tornaram-se símbolos na História da Salvação e queridas por Deus. Jesus de Nazaré recupera a visão de igualdade entre o homem e a mulher. Conversa com elas em lugares públicos, pede água à samaritana no poço de Jacó e por isso, escandaliza os fariseus. Jesus mostra o caminho da Salvação para homens e mulheres:
"Se ninguém te condenou, eu também não te condeno. Vai e não peques mais”
João 8,11



Naquele tempo (como hoje em dia) havia ódio e rivalidade entre os povos. Jesus respeitava, convivia e curava a todos. Mulheres, pobres, leprosos, e todos os que eram discriminados encontravam em Jesus uma palavra amiga e uma convivência próxima. Mas como esta é uma mensagem eterna, estes ensinamentos permanecem como um convite para todos os seres humanos viverem segundo o Caminho correto que Ele ensinou.

CANTARÉ, CANTARÁS

Quiero ser, un puerto en el mar
ser ese compás, que te devuelva el rumbo
Quiero ser, un lugar de paz
y no dejar jamás, que se te acabe el mundo
Amigo, amigo
no hay nada que temer estoy contigo
Y después de la oscuridad
esperando está un nuevo día
Cantaré, cantarás
y esa luz al final del sendero
brillará como un sol, que ilumina al mundo entero
Cada vez somos más
y si al fin nos damos la mano
Siempre habrá un lugar para todo ser humano
Junto a ti quiero caminar
compartir el pan, la pena y la esperanza
Descubrir que en el corazón
siempre hay un rincón que no olvida la infancia
Amigo, amigo
hay tanto por hacer, cuenta conmigo
Cantaré, cantarás
y esa luz al final del sendero
brillará como un sol, que ilumina al mundo entero
Cada vez somos más
y si al fin nos damos la mano
Siempre habrá un lugar para todo ser humano
Yo quisiera tener el poder
de ayudar y cambiar tu destino
Te daré cuanto puedo dar
sólo sé cantar y para ti es mi canto
Y mi voz junto a las demás
en la inmensidad se está escuchando
Cantaré, cantarás
y esa luz al final del sendero
brillará como un sol, que ilumina al mundo entero
Cada vez somos más
y si al fin nos damos la mano
Siempre habrá un lugar para todo ser humano
I will sing, you will sing
And a song will bring us together
And our hopes and our prayes
We will make them last forever
Cantaré, cantarás
y esa luz al final del sendero
brillará como un sol, que ilumina al mundo entero
Cada vez somos más
y si al fin nos damos la mano
Siempre habrá un lugar para todo ser humano

O dom da vida

A vida é uma oportunidade, agarre-a.
A vida é uma beleza, admire-a.
a vida é uma ventura, saboreie-a.



A vida é um sonho, faça dele realidade.
A vida é um desafio, enfrente-o.
A vida é um dever, cumpra-o.



A vida é um jogo, jogue-o.
A vida é preciosa, cuide bem dela.
A vida é uma riqueza, conserve-a.



A vida é amor, goze-o.
A vida é um mistério, penetre-o.
A vida é promessa, cumpra-a.



A vida é tristeza, supere-a.
A vida é um hino, cante-o.
A vida é um combate, aceite-o.



A vida é uma tragédia, enfrente-a.
A vida é uma aventura, ouse-a.
A vida é felicidade, mereça-a.
A vida é vida, defenda-a.

CHUVAS de BÊNÇÃO

A minha vida vai passando;
os meus planos fracassam,
e as esperanças do meu coração se foram.
Jó 17.11


Como está o tempo esta manhã em sua vida?
É tempo de sequidão?
Então é o tempo oportuno para chuvas.
Tempo de ar pesado e nuvens negras?
É o tempo para chuvas.
“Farei descer chuvas de bênçãos”
Deus manda todo tipo de bênçãos.
As bênçãos de Deus vêm todas juntas,
como os elos numa corrente de ouro.
Aquele que dá a graça da conversão
dá também a graça do consolo.
Ele enviará ‘chuvas de bênção’.
Olhe para cima e abra as suas folhas
e flores à chuva do céu.
Senhor, Tu podes mudar o meu espinho em flor,
e eu desejo que o meu espinho seja uma flor.
Jó recebeu o brilho do sol,
depois da chuva – mas teria sido em vão aquela chuva?
Jó queria saber, e eu também quero,
se o brilho do sol não teve nada a ver com a chuva.
E Tu podes dizer-me Senhor,
a Tua cruz pode dizer-me.
Tu coroaste o Teu sofrimento,
seja essa a minha coroa.
Eu só poderei triunfar em Ti,
se conhecer o esplendor que há na chuva.
A vida frutífera busca tanto a chuva como o sol.


*

Faz Chover
Assim como a corsa anseia por águas
como a terra seca precisa da chuva
meu coração tem sede de Ti
Rei meu e Deus meu.
Faz chover Senhor Jesus
derrama chuva neste lugar
vem com Teu rio
Senhor Jesus
inundar o meu coração.
Vem vem
e faz chover
abre as comportas Senhor
e faz chover!
Esta geração precisa da Tua chuva
esta geração precisa de santidade
aviva-nos Senhor
vem como a chuva
aviva-nos Senhor
vem como a chuva.
Vem vem
e faz chover
águas gloriosas
águas abundantes
da Tua chuva
da Tua chuva
tenho sede de Ti
Senhor.

Meditando com os Ícones

A Festa
Festa de Pentecostes ou das «Semanas», como a chama o Pentateuco, era para os judeus a «Festa das Primícias» de trigo ou a «Festa da colheita». A Festa, de origem estritamente agrícola, assumiu sucessivamente um sentido histórico-salvacional, ligado às Alianças. Esta acepção, a partir da segunda metade do século II a. C, foi assumida pela Sinagoga que, por sua vez, centrou memória na Aliança do Sinai.
A Igreja Primitiva, por sua vez, não preservou para si estas memórias judaicas, porque teve sua experiência própria: a descida do Espírito Santo. O período sagrado dos cinqüenta dias, recorda o tempo de espera e a efusão do Espírito Santo sobre os Apóstolos, ocorrida no qüinquagésimo dia após a celebração da Páscoa da Ressurreição, marcando o inicio da missão evangelizadora.
O Pentecostes, dia do nascimento da Igreja, é o momento em que o verdadeiro significado da Cruz e da Ressurreição de Cristo se manifesta e a nova humanidade retorna à comunhão com Deus.
A Festa da Aliança do Sinai, que se celebra no mundo hebreu, recordando a entrega das Tabuas da Lei, se converteu, com o cristianismo, na festa dos Dons das Línguas, porque, através delas, cada povo ou nação pode receber o anúncio e retornar à primitiva unidade que se rompeu em Babel. Desde o dia de Pentecostes, a Igreja tomou consciência da Nova Páscoa, segundo havia predito o próprio Senhor: «O consolador, o Espírito Santo que o Pai enviará em meu nome, vos ensinará cada coisa e vos recordará tudo o que eu vos disse».
Pela herança da tradição primitiva da Igreja, os cinqüenta dias, após a Páscoa constituem uma só festa, celebrados com grande júbilo, porque formavam um único acontecimento e tinham a mesma importância do domingo em que celebramos a Ressurreição com toda a solenidade.
Na segunda metade do século IV, a celebração indiferenciada do Mistério pascal, sofreu algumas modificações, obedecendo a ordem cronológica dos eventos da salvação, segundo a narração dos Atos dos Apóstolos. Naquela época, como se deduziu do relato de Egeria, em Jerusalém, o ultimo domingo da cinqüentena se celebrava, conjuntamente, tanto o envio do Espírito Santo sobre os Apóstolos, como a Ascensão. Em outras Igrejas, contudo, ia-se estabelecendo a festa da Ascensão no quadragésimo dia após a Páscoa e no qüinquagésimo dia, a Festa da descida do Espírito Santo.
A Iconografia
A iconografia, para a Festa de Pentecostes, é constante, ainda que se registrem variantes mais ou menos significativas, que foram discutidas por teólogos e historiadores da Arte. A mais importante é a presença da Mãe de Deus no centro da reunião dos Apóstolos. A presença da Mãe de Deus no cenáculo é encontrada inicialmente na iconografia dos primeiros séculos como, por exemplo, no Evangeliário sírio de Rábula de 587 e que, mais tarde, foi proposta novamente ao final do século XVI. Sua presença tem sido explicada de diversos modos: referindo à narração dos Atos dos Apóstolos ou no sentido dedutivo, isto é, tendo presente que o evento aconteceu em Sião, lugar onde a Virgem vivia, supõe-se que ela participava do grupo dos Apóstolos.
As razões de sua ausência na iconografia bizantina e na ocidental, durante muito tempo, também têm suas explicações: Maria concebeu pelo Espírito Santo, logo foi transformada por ele, estando plena do Espírito Santo; os textos litúrgicos não oferecem indicações relacionadas, de forma clara e pontual sobre a sua presença e papel, no momento da descida do Espírito Santo. Posteriormente, a re-introdução da presença de Maria na Descida do Espírito Santo, pelo Ocidente e sucessivamente por alguns filões iconográficos bizantinos, trouxe como conseqüência novo significado para o Ícone de Pentecostes e o crescimento do culto mariano.
O Cenáculo e as línguas de fogo

«O Cenáculo e as línguas de fogo»
Na parte superior do ícone estão pintadas duas casas, semelhantes a torres. Desde modo, quer se dar a entender que a cena se desenvolveu no piso superior, onde aconteceu a Ultima Ceia, que após a Ressurreição do Senhor se converteu em lugar de encontro dos discípulos e de reunião e de oração dos Apóstolos.
Os edifícios, simétricos, apresentam aberturas somente na parte superior, seguindo as direções das línguas de fogo que são emanadas da esfera celeste, donde partem doze raios.
«Aparecendo em línguas de fogo, o Espírito o faz recordar as palavras de salvação que Cristo recebeu do Pai e transmitiu aos Apóstolos». Assim se entoa no Cânon das Matinas da Festa.
Os Apóstolos começaram a anunciar a Palavra a partir do momento em que receberam o Espírito Santo e, por estarem unidos, representavam a unidade espiritual dos Sínodos futuros. De forma análoga os ícones que representam os Concílios Ecumênicos reproduzem o mesmo esquema iconográfico.
O Rei

«O Rei»
No centro do semi-circulo, imerso na obscuridade, aparece um ancião, com trajes régios e que segura entre suas mãos um grande lenço branco. Em alguns ícones, sobre ele, aparecem doze rolos que simbolizam as pregações apostólicas. O significado desta figura não é unívoco. Parece ter tomado forma a partir do século X. Anteriormente, em seu lugar figurava um aglomerado de povos, de distintas línguas e nacionalidades, como narra os Atos dos Apóstolos. Quando seu nome é indicado, é chamado de “O Kosmos” (o mundo). O velho Rei, pretendia representar o conjunto dos povos e nações que tinham na pessoa do Imperador Bizantino, seu ponto de referência. Tal significado, fruto da evolução conceitual de caráter histórico-político, pode ser mais direto e imediato se o enquadrarmos na estrutura que a rodeia, na assim chamada «Bema Sírio».
Na tradição arquitetônica das Igrejas Sírias e caldéias, encontramos, com efeito, um elemento do qual resta hoje somente algum sinal: o ambão ou o bema no centro da Igreja. Trata-se de uma tribuna em forma de ferradura colocado no centro da Igreja em frente ao abside e o santuário. Sobre este acontecia a liturgia da Palavra, o anuncio à Jerusalém e ao mundo, onde tomavam acentos os celebrantes. O Rei, então, no centro do semicírculo é o mundo, posto que ele detém o mandato celeste sobre a terra.
O ancião está representado de forma a lembrar a figura do rei David, que representa os «muitos profetas e justos que desejaram ver o que vistes e não viram, e escutar o que escutastes, e não escutaram».
Em outros casos, o Rei é identificado com o Profeta Joel. O motivo é de natureza litúrgica. Pois, na grande vésperas de Pentecostes, a segunda Leitura vetero-testamentária está extraída precisamente de Joel: «Eu infundirei meu espírito sobre vós, e profetizarão vossos filhos e vossas filhas, e vossos anciãos terão sonhos, e vossos moços terão visões». Profecia esta que foi mencionada por Pedro para justificar o comportamento dos Apóstolos frente aos “homens da Judéia” e a todos aqueles que se encontravam em Jerusalém depois da descida do Espírito Santo.
Os Doze

«Os Doze»
Os doze estão em geral dispostos nas duas alas do semicírculo e entre os dois grupos está um lugar vazio. O trono vazio simboliza o trono preparado para a segunda vinda de Cristo. Neste caso, a representação assume o significado do Juízo Final, onde os doze se sentarão para julgar as tribos de Israel. Há ícones onde aparece a pomba, símbolo do Espírito Santo; ela é o sinal tangível da realização da economia da salvação com a manifestação trinitária.
O Mistério de Pentecostes, com efeito, não é a encarnação do Espírito, mas a efusão dos dons que comunicam a graça incriada à pessoa humana, a cada membro do corpo de Cristo. A unidade que se realiza na comunhão eucarística é por excelência, um dom do Espírito Santo