Onde quer que te encontres, de uma ou de outra forma,
despertarás o interesse de alguém. Algumas pessoas poderão arrolar-te como antipático e até buscarão hostilizar-te.
Outras se interessarão por saber quem és e o que fazes.
Inúmeras, no entanto, te falarão, intentando um relacionamento fraterno. Cada qual sintonizará contigo dentro do campo emocional em que estagia. Como há carência de amigos e abundância de problemas, as criaturas andam a cata de quem as ouça,
ansiando por encontrar compreensão.
Em razão disso, todos falam, às vezes simultaneamente.
*
Concede, a quem chega, a honra de o ouvir.
Não te apresses em cumulá-lo de informações, talvez desinteressantes para ele.
Silencia e ouve.
Não aparentes saber tudo, estar por dentro de todos os acontecimentos. Nada mais desagradável e descortês do que a pessoa que toma a palavra de outrem e conclui-lhe a narração,
nem sempre corretamente.
Sê gentil, facultando que o ansioso sintonize com a tua cordialidade
e descarregue a tensão, o sofrimento...
No momento próprio, fala, com naturalidade, sem a falsa postura
de intocável ou sem problema.
A arte de ouvir é, também, a ciência de ajudar.
terça-feira, 17 de novembro de 2009
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