«Haverá sinais no sol,
na lua e nas estrelas,
e na terra de todos nós,
angústia entre as nações,
confusas e aterradas,
com o rugido e a agitação do mar».
«Os homens morrerão de pavor,
como nos diz o Evangelho,
na terrível expectativa
do que vai suceder ao universo,
pois as forças celestes
serão totalmente abaladas...»
Todos os dias, afinal,
nós somos testemunhas
destes «sinais apocalípticos»,
dos meios da comunicação social,
que, sadicamente,
nos alarmam com as notícias.
Cruzam-se no nosso quotidiano
a ansiedade e a glória,
a esperança e o terrorismo,
o afundamento no caos
e o arrebatamento na graça.
Mas Deus não nos deixa sós
e no espaço vazio
da nossa maior desolação,
lança constantemente
o conforto da esperança,
e as bases dum mundo novo.
Quando Cristo se perfila
no horizonte da nossa história,
como acontece em cada Advento,
nós já sabemos pela experiência,
colhida em cada ano,
que Ele vem para recapitular.
É uma recapitulação,
absolutamente necessária,
da sua existência contínua,
da sua solidariedade connosco,
desde o começo até ao fim,
em tudo o que aflige a humanidade.
A Cruz é sempre o lugar
dessa recapitulação criadora ;
nela Cristo se identifica connosco
ao assumir a nossa natureza humana
e se alia com o Pai e com o Espírito,
para a ir substituindo
pela novidade da re-criação.
Cada Advento é mais uma etapa
neste processo de renovação criadora,
que só ficará concluído
no mistério pascal de Jesus Cristo,
mas que, progressivamente,
vai abrangendo por completo
todas as gerações humanas.
Gerações humanas essas
que aderem à sua entrega
para uma salvação universal,
e nesse mistério sublime
colhem a força da esperança,
a compensação da fé
e a criatividade do amor.
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