Já não teremos mais a destreza da juventude.
Nossos passos lentos já não nos permitirão chegar tão longe.
Nossos braços se despedirão das agilidades de antes.
Experimentaremos a vida a partir de uma outra vertente.
O tempo de utilidades se despedirá de nós e o que vai nos
restar será o tempo dos significados.
O que vamos alcançar já não dependerá mais de nossas destrezas
nem tampouco de nossos atributos técnicos.
Será o tempo da simplicidade. E nele será preciso sobrevivermos.
Nesta contabilidade final já não haverá espaço para supérfluos.
A vida nos encaminhará para ao estreito caminho final
e o que teremos nas mãos será o resultado do que amamos.
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