segunda-feira, 26 de abril de 2010

Você que se diz cristão

Você que se diz cristão, pergunte-se a si mesmo há quanto tempo não visita um barraco, não vela a dor de um enfermo que não seja seu parente, não se aproxima de um miserável nas bordas dos lixões de sua cidade.

Você, que sonha tanto com a ajuda de Jesus, há quanto tempo tem deixado Jesus sozinho nos ambientes sórdidos da miséria?

Quantas vontades pessoais você deixou de realizar para fazer apenas um dos desejos do Cristo?

Pense, sem ter medo de se envergonhar, há quanto tempo você não faz alguma coisa a mais do que dar uns trocados para ajudar, há quanto tempo se limita a dar cestas de alimento a instituições sem levá-las aos famintos, há quanto tempo não vê uma criança pobre com o nariz escorrendo pedindo seu lenço, há quanto tempo só se limita a rezar em templos, em centros espiritas, a conversar com entidades, a esclarecer obsessores, a fazer da sua fé, apenas um momento limpo e perfumado, nos ambientes protegidos das instituições religiosas, em cerimônias suntuosas ou barulhentas?

Quando precisamos de Jesus sempre o localizamos. No entanto, por que, quando Ele precisa de nós, raramente nos encontra e quando nos acha, nunca estamos disponíveis?

Como desejamos encontrar Jesus se dificilmente andamos pelos mesmos caminhos que Ele anda, carregando a nossa cruz sem reclamar e ajudando os que precisam?




Isso não é ser cristão.


É apenas fantasiar-se de ...




Não nos esqueçamos:




Para os sepulcros caiados por fora, mas podres por dentro, haverá sempre pranto e ranger de dentes.

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