segunda-feira, 22 de março de 2010

ARTÍFICE DO PROGRESSO

A vida na Terra não é perfeita.



Oscilações da economia com freqüência jogam por terra planos longamente acalentados.



O passar do tempo pouco a pouco dilapida o vigor físico.



Amigos e familiares desencarnam.



Por sua natureza material, a Terra é um local de transição.



Nela há certas vicissitudes inevitáveis, como a dor, a doença e a morte do corpo físico.



Esses fenômenos são comuns e até certo ponto aceitos com naturalidade.



O que possui o condão de tornar o viver terreno realmente áspero são as fissuras morais dos homens.



Fôssemos todos leais e bondosos e a vida na Terra seria um paraíso.



Mas por ora não é assim.



O egoísmo persiste forte nos corações humanos.



É ele que faz com que busquemos nossos interesses imediatos, despreocupados das tragédias e dores que causamos aos outros.



Com base nessa realidade, muitos acreditamos que a raça humana não tem jeito.



Achamos que tudo está mesmo perdido e procuramos nos envolver o mínimo possível no que ocorre a nossa volta.



Deixamos de votar, de nos indignar e de cobrar uma postura ética no comportamento político e social.



Esse gênero de comportamento não é novo.



No âmbito religioso, por séculos houve a tendência de candidatos à santificação retirarem-se do mundo.



Gastavam o tempo em cerimônias e preces, esquecidos das dificuldades dos que permaneciam envoltos nos afazeres mundanos.



A frase do Cristo, na qual ele diz que Seu Reino não é deste Mundo, costuma ser invocada como sustentáculo desse proceder.



Entretanto, Jesus jamais demonstrou desprezo pelo Mundo e por suas criaturas.



Enquanto aqui esteve, Ele se dedicou a educar e a curar os enfermos do corpo e da alma.



Em dada oportunidade, afirmou que Seus seguidores deveriam ser o sal da Terra e a luz do Mundo.



Esse enunciado certamente significa que o cristão precisa fazer a diferença.



Que ele deve agir para que o Mundo se converta em um local mais justo e fraterno.



Assim, não utilize os quadros chocantes da Terra como desculpa para cruzar os braços.



Pense que você tem um papel a cumprir no contexto em que está inserido.



Mire-se nos exemplos do Cristo e viva com muita correção.



Trabalhe, sirva, seja leal, indulgente e compreensivo.



Mas não enterre e nem esconda os seus talentos.



Saia de seu círculo mais restrito de relações e aja para que o Mundo se torne um lugar melhor.



Desenvolva ideais de elevação e pureza e os partilhe com o próximo.



Indigne-se com os desmandos da política e cobre reformas.



Sinta-se responsável pelo local em que vive.



Lentamente tudo se transforma e aprimora.



As leis humanas estão em constante aperfeiçoamento.



Certas práticas iníquas do passado, como o duelo e a escravidão, hoje não são mais admitidas.



Muitos de nós lutamos para que cada melhora ocorresse.



Reflita sobre isso e torne-se um artífice do progresso.



Você experimentará algumas dores e decepções ao se envolver em questões sociais.



Mas saberá que cumpriu a parte que lhe toca na construção de um mundo melhor.



No ocaso de sua vida terrena, quando tudo o mais se extinguir, a paz pelo dever bem cumprido persistirá em seu coração.



Pense nisso.

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