sexta-feira, 9 de abril de 2010

Colaboração

Em sua condição de movimento renovador das consciências, a Nova Revelação vem despertar o homem para o lugar determinado que a Providência lhe confere, esclarecendo-o, acima de tudo, de que o egoísmo, filho da ignorância e responsável pelos desvarios da alma, é perigosa ilusão. Trazendo-nos a chave dos princípios religiosos, vem compelir-nos à observância das leis mais simples da vida, revelando-nos o impositivo de colaboração a que não conseguiremos fugir.



A vida, pródiga de sabedoria em toda parte, demonstra o princípio da cooperação, em todos os seus planos.



O verme enriquece a terra e a terra sustenta o verme.



A fonte auxilia as árvores e as árvores conservam a fonte.



O solo ampara a semente e a semente valoriza o solo.



As águas formam as nuvens e as nuvens alimentam as águas.



A abelha ajuda a fecundação das flores e as flores contribuem com as abelhas no fabrico do mel.



Um pão singelo é gloriosa síntese do trabalho de equipe da natureza. Sem as lides da sementeira, sem as dádivas do Sol, sem as bênçãos da chuva, sem a defesa contra os adversários da lavoura, sem a assistência do homem, sem o concurso do moinho e sem o auxilio do forno, o pão amigo deixaria de existir.



Um casaco inexpressivo é fruto do esforço conjugado do fio, do tear, da agulha e do alfaiate, solucionando o problema da vestidura.



Assim como acontece na esfera das realizações materiais, a Nova Revelação convida-nos, naturalmente, a refletir sobre a função que nos cabe na ordem moral da vida.



Cada criatura é peça significativa na engrenagem do progresso.



Todos possuímos destacadas obrigações no aperfeiçoamento do espírito.



Alma sem trabalho digno é sombra de inércia no concerto da harmonia geral.



Cérebros e corações, mãos e pés, em disponibilidade, palavras ocas e pensamentos estanques constituem congelamento deplorável do serviço da evolução.



A vida é força divina que marcha para diante.



Obstruir-lhe a passagem, desequilibrar-lhe os movimentos, menoscabar-lhe os dons e olvidar-lhe o valor é criar aflição e sofrimento que se voltarão, agora ou mais tarde, contra nós mesmos.



Precatem-se, portanto, aqueles que julgam encontrar na mensagem do Além o elixir do êxtase preguiçoso e improdutivo.



O mundo espiritual não abriria suas portas para consagrar a ociosidade.



As almas que regressam do túmulo, indicam a cada companheiro da Terra a importância da existência da carne, acordando-lhe a consciência não só a responsabilidade de viver, mas também a noção do serviço incessante do bem, com norma de felicidade imperecível.

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